Papa saúda participantes nos Jogos Olímpicos

Aparição de Bento XVI em público, durante as férias, com mensagens para Pequim e em memória de Paulo VI Bento XVI interrompeu este Domingo o seu período de férias, nos Alpes italianos, para a recitação do Angelus, na localidade de Bressanone. O Papa aproveitou a celebração, seguida por milhões de pessoas em todo o mundo, para enviar uma mensagem especial por ocasião dos Jogos Olímpicos 2008, que vão ter início na próxima Sexta-feira, dia 8. No final do Angelus, o Papa enviou as suas saudações à China e aos organizadores dos Jogos, para além de todos os participantes, “em primeiro lugar aos atletas”. “A minha cordial saudação, fazendo votos de que cada um possa dar o melhor de si, no genuíno espírito olímpico”, indicou. “Sigo com profunda simpatia este grande encontro desportivo – o mais importante e aguardado a nível mundial – e exprimo os mais vivos votos de que ele ofereça à comunidade internacional um válido exemplo de convivência entre pessoas das mais diversas proveniências, no respeito pela dignidade comum. Possa uma vez mais o desporto ser penhor de fraternidade e de paz entre os povos”, desejou Bento XVI. Durante a habitual catequese que pronuncia nestes encontros, o Papa recordou Paulo VI, no trigésimo aniversário deste seu predecessor. Bento XVI fez “memória devota e filial” deste Papa, que “guiou o povo de Deus à contemplação do rosto de Cristo Redentor do homem e Senhor da história”. “Esta amorosa orientação da mente e do coração para Cristo foi precisamente um dos pontos fulcrais do Concílio Vaticano II, uma atitude fundamental que o meu venerado predecessor João Paulo II herdou e relançou no grande Jubileu do ano 2000. No centro de tudo, sempre Cristo: no centro das Sagradas Escrituras e da Tradição, no coração da Igreja, do mundo e de todo o universo”, prosseguiu. Bento XVI recordou ainda que “a Divina Providência chamou Giovanni Battista Montini da cátedra de Milão à de Roma no momento mais delicado do Concílio – quando a intuição do bem-aventurado João XXIII corria o risco de não chegar a tomar forma”. “Como não dar graças ao Senhor pela sua fecunda e corajosa acção pastoral? À medida que se alarga e se torna mais consciente o nosso olhar sobre o passado, parece sempre cada vez mais elevado, quase sobre-humano, o mérito de Paulo VI ao presidir à assembleia conciliar, conduzindo-a felizmente a termo e governando a movimentada fase do pós-Concílio”, indicou. “Poderíamos verdadeiramente dizer, com o apóstolo Paulo, que a graça de Deus nele não foi vã”, acrescentou ainda Bento XVI, prosseguindo a sua evocação do Papa Paulo VI: “Ele valorizou os seus notáveis dotes de inteligência e o seu apaixonado amor à Igreja e ao homem. Dando graças a Deus pelo dom deste grande Papa, empenhemo-nos em tirar partido, completamente, dos seus ensinamentos”. Para além do italiano, o Papa falou durante largos momentos em alemão, língua da maioria da população desta região alpina, junto da fronteira austríaca, e mesmo em ladino, idioma falado nos Alpes por uma minoria da população. (Com Rádio Vaticano) FOTO: Lusa

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