Francisco lamentou hoje o «derramamento de sangue» que marca a sociedade e que deve interpelar todos os cristãos
Cidade do Vaticano, 16 fev 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que a promoção e salvaguarda da paz no mundo tem de começar no coração de cada pessoa, e salientou que “rezar pela paz não é uma formalidade”.
Durante a habitual missa diária que celebra na Casa de Santa Marta, onde reside, o Papa lamentou o “derramamento de sangue” que marca a sociedade atual, um “pecado” a que Deus “pedirá contas”.
“Hoje o mundo está em guerra. Muitos irmãos e irmãs morrem, inclusive inocentes, porque os grandes e os poderosos querem mais um pedaço de terra, querem mais um pouco de poder ou mais um pouco de lucro com o tráfico de armas”, denunciou Francisco, interrogando cada um dos presentes sobre o que faz para contrariar isto.
Para o Papa, todas as pessoas são chamadas a estar “envolvidas” na promoção da paz, no fim da violência, também todos os cristãos, independentemente da forma como o façam, mais ou menos no centro da ação.
“Rezar pela paz não é uma formalidade, trabalhar pela paz não é uma formalidade”, frisou Francisco, numa homilia publicada pela Rádio Vaticano.
Na sua reflexão, o Papa desafiou todos os católicos a defenderem a paz, em primeiro lugar “no seu coração”, no “íntimo” de cada um, “na família”.
E recordou um episódio da sua infância, quando chegou a Buenos Aires, a sua terra natal na Argentina, a notícia do final da Segunda Guerra Mundial, “o abraço” que a sua mãe deu a uma vizinha, “o pranto e a alegria porque tinha terminado”.
“Guardar a paz, mas não só: fazê-la com as mãos, todos os dias. E assim conseguiremos fazê-la no mundo inteiro”, concluiu Francisco.
JCP