Papa reza pelos mortos e sobreviventes no Haiti

Bento XVI lembrou vítimas do sismo, pediu atenção aos refugiados e apelou ao diálogo entre cristãos e com os judeus

Bento XVI revelou este Domingo que está a “seguir e encorajar os esforços de numerosas organizações caritativas” que estão a fazer face às “imensas necessidades” do Haiti, país duramente atingido por um sismo na passada Terça-feira.

Perante milhares de peregrinos reunidos no Vaticano, o Papa disse que “os nossos pensamentos viram-se para a querida população do Haiti”, assegurando as suas orações pelos que “perderam a vida tragicamente” e os sobreviventes do terramoto, em especial os que ficaram feridos ou desalojados.

Em seguida, Bento XVI precisou que está a ser “constantemente informado” da situação por intermédio do Núncio Apostólico em Port-au-Prince. Nesse contexto, lembrou o “doloroso desaparecimento” do Arcebispo local e de “muitos padres, religiosas e seminaristas”.

O Papa rezou para que a população haitiana, para que a mesma encontre “assistência e conforto”.

Nesta sua intervenção, no habitual encontro dominical para a recitação do Angelus, Bento XVI abordou ainda a celebração do Dia Mundial dos Migrantes e Refugiados, a visita à Sinagoga de Roma e a Semana de oração pela unidade dos cristãos.

Sobre a ida à Sinagoga, na tarde de Domingo, o actual Papa explicou que a mesma acontece 24 anos depois da histórica visita de João Paulo II a esse local, representando “mais uma etapa no caminho da concórdia e amizade entre católicos e judeus”.

“Não obstante os problemas e dificuldades, entre os crentes das duas religiões respira-se um clima de grande respeito e diálogo, que testemunha um crescente amadurecimento nas relações e o empenho comum em valorizar aquilo que nos une: antes de mais a fé no único Deus, mas também a tutela da vida e da família, a aspiração à justiça social e à paz” precisou.

Quanto ao Dia Mundial do Migrante e do Refugiado – celebrado este Domingo em toda a Igreja Católica, tendo como tema os menores migrantes e refugiados –, o Papa convidou a “acolher as crianças com grande respeito e amor”.

“Também a criança, qualquer que seja a sua nacionalidade ou a cor da pele, há-de ser considerada, sempre e acima de tudo, como pessoa, imagem de Deus, a promover e tutelar contra toda e qualquer marginalização e exploração”, acrescentou, pedindo que os menores que se encontram a viver num país estrangeiro sejam garantidos “acompanhados nos inúmeros problemas que têm de enfrentar”.

Bento XVI encorajou “vivamente” as comunidades cristãs e os organismos que se empenham ao serviço dos menores migrantes e refugiados, exortando todos a, em relação a eles, “manter viva a sensibilidade educativa e cultural”, segundo o autêntico espírito evangélico.

Finalmente, o Papa  recordou que tem início esta Segunda-feira a tradicional Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos: “Ela constitui, para os que crêem em Cristo, um tempo propício para reavivar o espírito ecuménico, para que as pessoas se encontrem, se conheçam, rezem e reflictam em conjunto”.

“O nosso anúncio do Evangelho de Cristo será tanto mais credível e eficaz quanto mais estivermos unidos no seu amor, como verdadeiros irmãos”, assinalou.

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Agência ECCLESIA

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