Papa renova confiança nos colaboradores

Papa exprimiu «tristeza» com as fugas de informação na Santa Sé e a detenção de um assistente pessoal

Cidade do Vaticano, 30 mai 2012 (Ecclesia) – O Papa afirmou hoje que continua a confiar nos seus colaboradores mais próximos, ainda que esteja consternado pelos factos ocorridos nos últimos dias no Vaticano, onde se inclui a detenção de um dos seus assistentes.

“Desejo (…) renovar a minha confiança e o meu encorajamento aos meus mais estreitos colaboradores e a todos os que, diariamente, com fidelidade, espírito de sacrifício e em silêncio me ajudam no cumprimento do meu ministério”, declarou Bento XVI no Vaticano.

Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral das quartas-feiras, o Papa disse que está desgostoso com os casos que envolveram a Cúria mas disse acreditar que a Igreja está a ser conduzida por Deus.

“Os acontecimentos ocorridos nestes dias, sobre a Cúria e os meus colaboradores, trouxeram tristeza ao meu coração, mas nunca se ofuscou a firme certeza de que, apesar da debilidade humana, a dificuldade e a prova, a Igreja é guiada pelo Espírito Santo e o Senhor nunca lhe faltará para a sustentar no seu caminho”, referiu.

[[v,d,3163,]]Bento XVI criticou “alguns meios de comunicação social”, que acusou de amplificar ilações “que estão “bem além dos factos, oferecendo uma imagem da Santa Sé que não corresponde à realidade”.

A polícia italiana deteve na sexta-feira um assistente pessoal do Papa por estar na posse de documentos confidenciais.

Paolo Gabriele, de 46 anos, terá feito chegar a alguns jornalistas informação sigilosa que alegadamente envolve membros da Cúria Romana em situações ilegais.

Entre as revelações incluir-se-ão dados indiciadores de corrupção no Instituto de Obras Religiosas, comummente conhecido como banco do Vaticano.

A instituição foi dirigida por Gotti Tedeschi até quinta-feira, dia em que o Conselho de Supervisão se decidiu pelo seu afastamento.

A investigação sobre as fugas de informação no Vaticano, conhecidas por “Vatileaks”, foi posta em marcha depois de o Papa ter designado uma comissão de cardeais para identificar a sua origem.

RJM/JCP

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