Bento XVI manifestou esta Quarta-feira o seu reconhecimento e estima pelos homens e mulheres que se retiram à vida contemplativa, durante a catequese que pronunciou na audiência pública, no Vaticano.
O Papa quis destacar a importância desta vocação na Igreja, ao falar de uma santa medieval, Juliana de Norwich, escritora e mística inglesa do século XIV.
“Mulheres e homens que se retiram para viver em companhia de Deus, precisamente graças a essa decisão sua, adquirem um grande sentido de compaixão pelos sofrimentos e fraquezas dos outros”, afirmou.
Em português, Bento XVI explicou que Juliana de Norwich, santa nascida em 1342, é venerada “tanto pela Igreja Católica como pela Comunhão Anglicana”.
“Inspirada pelo amor divino, que a ela se manifestou em dezasseis visões, escolheu a vida de anacoreta, totalmente dedicada à oração, à meditação e ao estudo. Vivendo assim na companhia e amizade de Deus, cresceu nela um grande sentido de compaixão pelas tribulações e fraquezas dos outros”, disse.
O Papa acrescentou que “homens e mulheres de todas as idades e condições procuravam devotamente o conselho e o conforto de Juliana; e ela, de viva voz e por escrito, em todos sabia acender o optimismo fundado na certeza de sermos amados por Deus e protegidos pela sua Providência”.
“Se entregarmos a Deus os desejos mais puros e profundos do nosso coração, nunca ficaremos desiludidos; no seu amor, tudo resulta para o nosso maior bem”, acrescentou.
Aos peregrinos de língua portuguesa, Bento XVI pediu: “Da infinidade de coisas – tantas vezes duras – da vida, aprendei a elevar o coração até ao Pai do Céu, repousando no seio da sua infinita bondade, e vereis que as dores e aflições da vida vos farão menos mal”.
Redacção/Zenit