Novos cardeais estiveram esta manhã com Bento XVI, que sublinhou importância da unidade na Igreja
Cidade do Vaticano, 20 fev 2012 (Ecclesia) – O Papa recebeu esta manhã no Vaticano os 22 cardeais por ele criados este sábado, incluindo o português D. Manuel Monteiro de Castro, juntamente com os familiares e amigos dos novos purpurados.
“Saúdo os novos Cardeais de língua portuguesa, com seus familiares, amigos e colaboradores, e ainda os diversos representantes da comunidade eclesial e civil, para quem redunda também a honra que acaba de ser conferida ao cardeal João Braz de Aviz, que guia a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, e ao cardeal Manuel Monteiro de Castro, que preside à Penitenciaria Apostólica”, disse Bento XVI em português, citado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
“À Virgem Mãe, confio as vossas vidas devotadas ao serviço da unidade e da santidade do Povo de Deus”, acrescentou o Papa no encontro em que os acompanhantes dos novos cardeais desfraldaram as bandeiras dos seus países de origem.
No discurso pronunciado em nove línguas o Papa afirmou que “na vivência humana, muitas vezes tão convulsa e contrastante, a Igreja é sempre viva e presente, levando Cristo, luz e esperança para toda a humanidade”.
“Permanecer unidos à Igreja e à mensagem de salvação que ela difunde significa ancorar-se na Verdade, reforçar o sentido dos verdadeiros valores, ser sereno diante de todos os acontecimentos”, observou o Papa, para quem “a unidade na Igreja é dom divino para defender e fazer crescer”.
[[v,d,2905,20 de fevereiro de 2012]]Bento XVI lembrou “o afeto e a oração” dos fiéis em favor dos novos cardeais e pediu-lhes que deem “testemunho generoso do Evangelho da verdade e da caridade”.
“Que cada cristão testemunhe” o Evangelho “com fé e coragem”, e que o tempo da Quaresma, que começa esta quarta-feira de Cinzas, conduza ao “regresso a Deus”, apelou o Papa em francês, no encontro que decorreu na sala de audiências Paulo VI.
Portugal passou a ter três cardeais após o Consistório de sábado, dois dos quais com direito a voto na eleição do Papa: D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor da Santa Sé, e D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa.
Natural de Santa Eufémia de Prazins (Guimarães), o mais recente cardeal português foi ordenado padre em 1961 e bispo em 1985, tendo percorrido países dos cinco continentes ao serviço diplomático da Santa Sé.
O cardeal Monteiro de Castro, de 73 anos, está no Vaticano desde julho de 2009, quando assumiu o cargo de secretário da Congregação para os Bispos, antes de ter sido eleito, em janeiro, para liderar a Penitenciária Apostólica, um dos três tribunais da Cúria Romana.
RV/OC/RJM