Vai decorrer esta manhã o encontro do Papa com os embaixadores de países islâmicos acreditados na Santa Sé. A iniciativa de Bento XVI em convidar diplomatas muçulmanos para um encontro em Castel Gandolfo foi entendido como um passo positivo rumo à resolução da crise gerada após o discurso papal na Universidade alemã de Regensburg. A Santa Sé confirmou que o Papa receberá na residência pontifícia de verão alguns representantes da comunidade islâmica da Itália e “os embaixadores dos países de maioria muçulmana acreditados na Santa Sé”. Presente no encontro estará o Cardeal Paul Poupard, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso. A Santa Sé tem o estatuto de observador junto da Liga Árabe (com sede no Cairo) e mantém relações diplomáticas com quase todos os países de maioria muçulmana. Ahmad Faihma, número dois da representação diplomática do Irão na Santa Sé, confirmou que “estamos satisfeitos e temos, sem dúvida, a intenção de participar”. “É um sinal positivo do Vaticano. Sei que isso melhorará as relações com o mundo islâmico”, acrescentou em declarações à agência Reuters. Em Castel Gandolfo estarão diplomatas de mais de 20 países de maioria islâmica, os quais protestaram oficialmente junto da Santa Sé após a citação, por Bento XVI, das palavras do imperador bizantino Manuel II Paleólogo.