Papa quer jovens defensores da vida

Bento XVI diz que «o homem é sempre homem com toda a sua dignidade, mesmo em estado de coma ou em forma de embrião» Bento XVI visitou na manhã deste Domingo o Centro Internacional Juvenil “São Lourenço”, que celebra os seus 25 anos de actividade, e ali deixou votos para que os jovens sejam sensíveis à necessidade de defender a vida. “O homem é sempre homem com toda a sua dignidade, mesmo em estado de coma ou em forma de embrião”, afirmou. Este centro, que se encontra próximo da Praça de São Pedro, foi inaugurado a 13 de Março de 1983 por João Paulo II que naquela ocasião formulou votos no sentido de que centro se torne um lugar de formação de jovens cristãos autênticos, que saibam testemunhar coerentemente o Evangelho. Bento XVI quis recordá-lo na homilia da Missa, partindo do trecho evangélico deste Domingo, que fala da ressurreição de Lázaro. O Papa deixou de lado parte do texto preparado da sua homilia, para reflectir sobre a “grande árvore da vida e sobre o significado da morte”. Nesse contexto, explicou que o homem, assim como o resto da criação, pertence à biosfera, “embora fazendo parte do biocosmo, o homem transcende-o”. “O homem tem sede de conhecimento do infinito, quer chegar – prosseguiu o Papa – à fonte da vida, deseja encontrar a própria vida”. “Poderíamos dizer – acrescentou – que toda a ciência é uma grande luta pela vida, toda a medicina é uma luta de vida contra a morte, para encontrar a medicina da imortalidade”. Bento XVI disse que mesmo que a medicina encontrasse uma pílula da imortalidade, ela permaneceria uma “pílula da biosfera”: “o mundo – acrescentou o Papa – encher-se-ia de velhos, já não haveria espaço para os jovens”. Um cenário semelhante ao que é desenhado, por exemplo, em “As intermitências da morte”, de José Saramago, seria para o Papa “um panorama terrível”. Como cristãos, “não podemos esperar o prolongamento infinito da vida biológica e, ao mesmo tempo aspirar, à eternidade”. Em conclusão, Bento XVI disse aos presentes que “através de Jesus atravessámos já o limiar da morte”, frisando que “a vida em abundância que o Evangelho oferece não deve ser vista como uma vida onde é possível fazer tudo, ter tudo. Naquele caso vivemos para as coisas mortas”. (Com Rádio Vaticano) FOTO: Lusa

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Agência ECCLESIA

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