Vaticano apresenta tema da mensagem para o Dia Mundial da Paz 2007 “Pessoa humana: coração da paz” será o centro da reflexão do Papa para o Dia Mundial da Paz 2007 , numa mensagem marcada pela preocupação com as “ideologias aberrantes” que atentam contra a dignidade humana. “Hoje, talvez com força persuasiva e meios mais eficazes que no passado, a dignidade humana está ameaçada por ideologias aberrantes, agredida por um uso distorcido da ciência e da técnica, contradita por estilos de vida incongruentes”, pode ler-se no comunicado da Santa Sé, publicado esta manhã. A nota oficial explica que “o tema de reflexão escolhido pelo Santo Padre exprime a convicção de que o respeito pela dignidade da pessoa humana é uma condição essencial para a paz da família humana”. Na linha das preocupações manifestadas pelo Papa desde o início do seu pontificado, a nota da Santa Sé aponta o dedo às “ideologias marcadas pelo niilismo ou o fanatismo (materialista ou religioso)”, que pretendem negar a “verdade sobre a realidade, sobre o homem e sobre Deus”. “A ciência e a técnica (a biomedicina em particular) são, muitas vezes, instrumentalizadas por uma visão egoísta do progresso e do bem-estar, em vez de servir o bem comum da humanidade”, acrescenta. O texto, particularmente crítico, denuncia a “propaganda e a crescente aceitação dos estilos de vida desordenados e contrários à dignidade humana”, os quais “vão enfraquecendo os corações e as mentes das pessoas, ao ponto de apagar o desejo de um convivência pacífica e ordenada”. A Santa Sé considera que este cenário representa uma “ameaça” para a humanidade, explicando que “a paz está ameaçada quando não é respeitada a dignidade humana e quando a convivência social não procura o bem comum”. Defendendo que a Igreja tem a missão de anunciar o “Evangelho da Vida”, o comunicado sublinha a centralidade do homem e a validade da “antropologia cristã”. “Qualquer ofensa à pessoa é uma ameaça à paz, qualquer ameaça à paz é uma ameaça à verdade da pessoa e de Deus: «A pessoa humana é o coração da paz»”, conclui.
