Trabalho dos Sínodos contaram com a intervenção do Patriarca Ortodoxo da Etiópia
Bento XVI pediu esta Terça-feira que as Igrejas cristãs em África sejam capazes de uma acção conjunta “em favor do desenvolvimento integral de todos as populações”.
O Papa falava numa sessão dos trabalhos do Sínodo dos Bispos que ficou marcada pela intervenção do Patriarca Ortodoxo da Etiópia, Paulo.
A intervenção papal apontou caminhos específicos para essa acção conjunta, como a família, os jovens e a construção de “sociedades marcadas pela honestidade, integridade e solidariedade”.
“A proclamação do Evangelho não se pode separar do empenho em construir um sociedade que se conforme com a vontade de Deus, respeite as bênçãos da sua criação e proteja a dignidade e inocência das crianças”, disse.
Agradecendo a presença e as palavras do Patriarca Ortodoxo da Etiópia, Bento XVI convidou a rezar para que “as nossas Igrejas se vão aproximando cada vez mais daquela unidade que é dom do Espírito Santo, para testemunhar conjuntamente a esperança que o Evangelho traz consigo”.
Já o Patriarca Ortodoxo Etíope recordou os dons que a África recebeu de Deus, com “muitos e diferentes povos, condições e línguas, num colorido espectro de especial beleza”.
Este responsável evocou os sérios problemas que o continente enfrenta, em todos os campos, para construir um verdadeiro desenvolvimento, referindo também “o caos criado pelos extremistas religiosos” e por tantas forças negativas responsáveis por guerras e injustiças que não poupam as crianças e os mais indefesos.
“Quero apelar a todos os líderes religiosos para que actuem em favor da paz e para que protejam os recursos naturais que Deus nos deu, defendendo as crianças e adolescentes. Tenho a esperança de que deste Sínodo possam sair orientações e soluções éticas para o bem da nossa bem amada África”, disse.
O Patriarca etíope foi o primeiro de um conjunto de convidados especiais que falarão no Sínodo, até ao dia 25 de Outubro. No próximo dia 9 é a vez de Rudolf Adada, antigo responsável pela força conjunta das Nações Unidas e da União Africana no Darfur, e no dia 12 será Jacques Diouf, director-geral da FAO.