Bento XVI renova apelos deixados no tempo pascal, para que o mundo adira ao Senhor ressuscitado Bento XVI renovou hoje os apelos que tem deixado a todos os cristãos, neste tempo pascal, pedindo que sejam “testemunhas da morte e ressurreição de Cristo”. Perante 35 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, onde chegou de helicóptero, o Papa frisou que a ressurreição de Jesus é uma notícia que não pode ser deixada em segredo. Falando das aparições do ressuscitado a Madalena, Tomé e os discípulos de Emaús, o Papa assinalou que o olha dos cristãos “se projecta para o futuro” e que a sua missão é “testemunhar a morte e a ressurreição do seu Mestre”. “Também nós, como Tomé, não podemos guarda para nós a grande notícia. Devemos levá-la ao mundo inteiro”, disse. Quanto ao facto de Jesus se ter “mostrado vivo” aos Apóstolos, Bento XVI precisou que isso naão significa “um regresso à vida anterior”, porque a Páscoa é uma “passagem” e não um “regresso”. “Jesus não voltou à situação precedente, mas atravessou a fronteira para uma situação mais gloriosa”, indicou. “Nós vimos o Senhor! Devemos portanto tornar-nos capazes de difundir à nossa volta a alegria pascal, por toda a parte onde vivemos e actuamos”, apontou. Sobre os diversos momentos em que Jesus, depois da ressurreição, encontra Maria e, depois, “os Apóstolos incrédulos” reunidos no cenáculo, o Papa sublinhou que eles “constituem também para nós um convite a redescobrir o significado da Páscoa e a percorrer de novo o itinerário espiritual de quem encontrou a Cristo”. “Não digamos que não conhecemos Cristo. Se acreditamos, nós conhecemo-lo. Mais ainda: temo-lo. Se os discípulos o tinham à mesa, nós temo-lo na nossa alma”, prosseguiu. Como sucedeu a Madalena e os Apóstolos, “para encontrar Cristo não é preciso voltar atrás mas sim olhar em frente”. Contudo, observou o Papa, “quando Jesus mostra a Tomé as feridas nas mãos e no lado, não é para fazer esquecer a cruz, mas sim para a tornar inesquecível. Na saudação em Português, o Papa falou aos peregrinos vindos do Brasil: “Quero encorajar a fé que vos trouxe a Roma, a vossa fé pascal; que ela se traduza em boas obras, dando testemunho de que ‘ressuscitastes’ com Cristo, para uma ‘vida nova’ como baptizados. E que Nossa Senhora seja para todos amparo na fidelidade a Deus e ao próximo”.