Apelos à reconciliação entre os Cristãos na Ucrânia e na Terra Santa Bento XVI defendeu esta manhã que a Igreja Católica deve promover uma “solidariedade sem fronteiras” para cumprir totalmente a sua missão. “No tempo presente, assinalado pelo individualismo, é ainda mais necessário que os cristãos ofereçam o testemunho de uma solidariedade que ultrapasse qualquer fronteira, para construir um mundo no qual todos se sintam acolhidos e respeitados, disse o Papa aos participantes da reunião da ROACO, associação das obras de assistência nas Igrejas católicas orientais. Após agradecer à ROACO pelo trabalho desempenhado junto dos católicos de tradição oriental, Bento XVI deixou uma palavra particular para “a reconciliação e a fraternidade entre os cristãos da amada Ucrânia”, considerando que nesse país “a herança espiritual da qual a comunidade greco-católica é guardiã constitui um verdadeiro tesouro para o progresso de todo o povo ucraniano”. Para além do apoio material, o Papa incentivou a promoção da acções de formação que “aprofundem a genuína tradição local e conduzam a cumprimento do verdadeiro aggiornamento projectado pelo Concílio Vaticano II”. No final da sua intervenção, Bento XVI pediu orações pela Terra Santa, indicando “alguns sinais positivos” e desejando que “não demore a chegar o dia da reconciliação entre as várias comunidades cristãs aí presentes”. A gestão dos Lugares Santos são objecto, há séculos, de discussões entre cristãos. A ROACO apelara ontem, por seu turno, ao regresso dos peregrinos à Terra Santa, assegurando que é “totalmente seguro” retomar a dinâmica das peregrinações, de que a comunidade local muito depende.
