Na Vigília Pascal, Bento XVI fala sobre a pretensão de adiar indefinidamente a morte
Bento XVI convidou os fiéis de todo o mundo a “libertarem-se da morte” e dos pecados, na sua homilia da noite de Sábado, lembrando uma lista feita pelo apóstolo Paulo.
Entre os “pecados” enumerados pelo Papa na Vigília Pascal, o Papa referiu o “desenfreio, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, ódios, querelas, ciúmes, ira, inveja, divisão, intolerância, sectarismo, rivalidade, embriaguez, gula e outras coisas do mesmo tipo”.
A homilia papal abordou a pretensão de adiar indefinidamente a morte, considerando que, nesse caso, “a humanidade envelheceria de forma extraordinária e não haveria lugar para a juventude”.
Condenando os homens que buscam a imortalidade por meio da ciência, Bento XVI afirmou que “a erva medicinal contra a morte deveria ser diferente”.
Para o Papa, o essencial não é o “prolongamento indefinido da vida”, mas “transformar a nossa vida de dentro para fora, criando em nós uma vida nova”.
Cumprindo a tradição, Bento XVI administrou o Baptismo, a Confirmação e a Primeira Comunhão a seis catecúmenos preparados pelo Vicariato de Roma, um japonês, um russo e quatro mulheres: uma da Somália, uma do Sudão e duas da Albânia.
O Papa abriu a sua homilia citando uma antiga lenda judaica, contida no livro “A vida de Adão e Eva”.
A história conta que Adão, na sua última doença, mandou o filho Set juntamente com Eva à região do Paraíso em busca do óleo da misericórdia, que poderia curá-lo, mas o anjo Miguel, que estava no local, não lhe entregou o óleo, explicando que 5500 anos depoio viria o Rei Cristo, o filho de Deus, e todos que acreditassem nele seriam ungidos com esse óleo da misericórdia.
(Com Rádio Vaticano)