Bento XVI pediu um testemunho “evangélico generoso e crescente dentro das universidades”. O desafio foi lançado aos directores de Pastoral Universitária (PU), reunidos no passado fim de semana, num encontro europeu em Bucareste, na Roménia. O encontro foi organizado pela Comissão de Catequese, escola e universidade do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e apresentava como principais objectivos preparar a VII Jornada Europeia dos Universitários, marcada para 14 de Março de 2009, no Vaticano, e ainda o encontro europeu de estudantes universitários, marcado para os dias de 30 de Julho a 2 de Agosto de 2009, em Castel Gandolfo, com o lema «Novos discípulos de Emaús: cristãos na universidade». Em Bucareste estiveram representadas 31 conferências episcopais, sinal de “um caminho de atenção à dimensão europeia, o que sublinha também que algo está a acontecer no âmbito das conferências episcopais nacionais”, apontou D. Lorenzo Leuzzi, secretário da comissão organizadora. O encontro dos directores da PU favorece ainda “o desejo de criar uma rede juntos”, uma vez que o mundo universitário e a mobilidade estão ligados. “O intercâmbio e a colaboração entre as diversas capelanias universitárias são um serviço cada vez mais importante para a vida dos estudantes”, acrescentou D. Leuzzi. Durante o encontro, onde participaram pela primeira vez representantes de diversos movimentos e associações eclesiais ligados à PU, foram apresentadas diversas situações das pastorais universitárias europeias, com especial atenção dada à Roménia. Entre as intervenções, o professor Enrico Dal Covolo, da Universidade Pontifícia Salesiana, afirmou que o mundo universitário “marcado por um «suposto» progresso prejudicial para o crescimento global do homem, precisa do anúncio da esperança e vida nova”. O vice-secretário-geral da CCEE, Ferenc Janka, apontou a necessidade de um “maior compromisso por parte de estudantes, professores, capelães e bispos diocesanos nas iniciativas da pastoral universitária, tanto no âmbito local como europeu”. A realidade entre os países diverge. Ferenc Janka indicou haver muitos países onde a pastoral universitária “é muito forte, e outros onde acaba de nascer e apenas deu os primeiros passos”. O importante, sublinhou, “é que todos colaborem para superar esta crise da cultura e para dar vida a um novo humanismo na Europa”. Redacção/Zenit