Papa pede leis que protejam os migrantes

Bento XVI quer que se vejam os mais de 200 milhões de migrantes como um recurso e não como um problema Bento XVI deixou este Domingo um apelo em favor dos migrantes e das suas famílias, pedindo que sejam defendidos “serviços e leis apropriados”, que procurem favorecer em particular a reunificação das famílias, com especial atenção às mulheres e menores. “Queridos amigos, a realidade da migração nunca deveria ser vista apenas como um problema, mas também, e sobretudo, como um grande recurso para ajudar a humanidade no seu caminho”, disse. Na celebração do 93º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, o Papa reafirmou os conteúdos da sua mensagem publicada para esta ocasião. “É importante – disse Bento XVI- tutelar os migrantes e as suas famílias mediante o auxilio de presídios legislativos, jurídicos e administrativos específicos, e também através de uma rede de serviços, de pontos de escuta e de estruturas de assistência social e pastoral”. O Papa deixou votos de que, rapidamente, se chegue a uma “gestão equilibrada dos fluxos migratórios e da mobilidade humana em geral”, começando com medidas concretas que favoreçam a emigração regular e as reunificações familiares, com particular atenção às mulheres e menores. Segundo dados da ONU, os migrantes por motivos económicos são quase 200 milhões, os refugiados cerca de 9 milhões e os estudantes internacionais cerca de dois milhões. “A este grande numero de irmãos e irmãs devemos juntar os deslocados internos e os irregulares tendo presente que cada um, de uma maneira ou doutra, está ligado a uma família”, lembrou o Papa. Para Bento XVI, também no vasto campo das migrações internacionais, a pessoa humana deve ser sempre colocada no centro. “Somente o respeito da dignidade humana de todos os migrantes, por um lado, e o reconhecimento da parte dos próprios migrantes dos valores da sociedade que os acolhe, por outro, tornam possível a integração justa das famílias nos sistemas sociais, económicos e políticos dos países de acolhimento”, apontou. A família migrante, concluiu, não deve “sofrer dilacerações irreparáveis”, mas “permanecer unida ou reunificar-se e cumprir a sua missão de berço da vida e primeiro âmbito de acolhimento e de educação da pessoa humana”. (Com Rádio Vaticano)

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