Bento XVI defendeu hoje, 7 de Outubro, a necessidade de uma “colaboração leal e respeitosa” entre a Igreja e o Estado, “para servir a vocação pessoal e social das pessoas”.
O Papa falava ao novo Embaixador chileno no Vaticano, Fernando Zegers Santa Cruz, diante do qual sublinhou que Igreja e Estado são “independentes e autónomos no seu próprio campo”.
“Quando a Igreja levanta a sua voz perante as grandes questões e problemas actuais”, assinalou, “não actua por um interesse particular ou por princípios que só podem advertir os que professam uma determinada fé religiosa”.
Entre essas questões, Bento XVI elencou as guerras, a fome, a pobreza extrema, a defesa da vida humana e a promoção da família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher.
“Respeitando as regras da convivência democrática”, precisou o Papa, a Igreja procura “o bem de toda a sociedade e em nome de valores que todas as pessoas podem partilhar com a recta razão”.