Francisco retomou hoje as celebrações na Casa de Santa Marta onde reside
Cidade do Vaticano, 08 jan 2017 (Ecclesia) – O Papa retomou hoje as celebrações eucarísticas na Casa de Santa Marta, onde reside no Vaticano, e criticou a tendência em agredir os mais fracos, que considerou “uma marca do pecado original”.
“O que existe dentro de nós, que nos leva a desprezar, a maltratar, a ridicularizar os mais fracos? É algo que é corriqueiro, como se eu tivesse a necessidade de desprezar o outro para me sentir seguro. Como uma necessidade”, apontou Francisco.
Na sua homilia, o Papa argentino alertou para uma realidade que acontece a um nível mais alargado, entre países ou culturas, mas começa num plano muito mais simples, entre as pessoas, até entre crianças.
E aqui chamou a atenção para a realidade do bullying, um problema cada vez mais frequente no meio dos mais novos.
“Hoje vemos continuamente, nas escolas, esse fenómeno – agredir o mais fraco, agredir só porque o outro é gordo, é diferente, é estrangeiro, é negro… agredir, agredir… As crianças, os jovens… Isto significa que existe algo dentro de nós que nos leva a isto. À agressão dos mais fracos”, frisou Francisco, que defendeu a necessidade de um mundo mais marcado pela “compaixão”.
“Em satanás, de fato, não existe compaixão. E assim, da mesma forma quando temos um bom desejo de fazer uma obra boa, uma obra de caridade, dizemos “é o Espírito Santo que me inspira a fazer isto”, quando nós nos damos conta que temos dentro de nós este desejo de agredir alguém porque é fraco, não duvidemos: o diabo está ali. Porque isto é obra do diabo, agredir o fraco”, acrescentou.
Francisco concluiu a sua mensagem exortando as pessoas a pedirem a Deus “a graça da compaixão” porque “esta vem de Deus” e só Ele pode ajudar a humanidade a “caminhar” neste sentido.
JCP