Francisco acolheu hoje no Vaticano uma delegação da comunidade judaica do Cáucaso
Cidade do Vaticano, 05 nov 2018 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano uma delegação da comunidade judaica do Cáucaso, para um encontro que teve como tema central a questão da liberdade religiosa.
De acordo com o portal Vatican News, Francisco salientou que “a liberdade religiosa é um bem supremo a ser salvaguardado, um direito humano fundamental e um baluarte contra a afirmação dos totalitarismos”.
Esta foi a primeira vez, refere a mesma fonte, que representantes do Congresso Mundial dos Judeus do Cáucaso se deslocaram a Roma, para uma audiência com o Papa.
O diálogo entre as duas partes aconteceu no contexto da memória do Holocausto nazi, que custou a morte a muitos membros da comunidade judaica.
A história dos Judeus do Cáucaso vem desde o século V depois de Cristo, com origem na antiga Pérsia, hoje conhecida como Irão.
Durante muitos séculos, esta comunidade esteve presente sobretudo na região montanhosa junto ao Mar Cáspio, mas com a queda da antiga União Soviética, a maior parte está agora radicada em países como a Rússia e o Azerbeijão.
Durante a audiência, Francisco começou por recordar o encontro que teve em setembro último com a comunidade judaica na Lituânia, no âmbito da viagem apostólica que promoveu à região Leste da Europa, e neste caso também à Letónia e à Estónia.
Uma visita que serviu para assinalar também o 75.º aniversário da destruição do guetto judeu que havia sido criado em Vilnius, na capital lituana.
Sobre as relações entre cristãos e judeus, o Papa argentino frisou que “um cristão não pode ser antissemita”.
“Nós partilhamos as mesmas raízes, seria uma contradição de fé e de vida. Pelo contrário, somos chamados a trabalhar de modo a que o antissemitismo seja banido da comunidade humana”, completou Francisco.
JCP