Papa lembra migrantes e refugiados

Bento XVI apela ao compromisso dos católicos para que estas populações tenham uma vida digna

Cidade do Vaticano, 13 jan 2013 (Ecclesia) – Bento XVI assinalou hoje no Vaticano a celebração do 99.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado, promovido pela Igreja Católica, pedindo que estas populações sejam ouvidas e tenham uma vida digna.

“Tal como Jesus, vamos estar ao lado dos que sofrem e não têm voz para se fazer ouvir”, disse o Papa, a respeito desta jornada dedicada ao fenómeno das migrações e das deslocações forçadas.

Falando após a recitação da oração do Angelus, na Praça de São Pedro, Bento XVI deixou votos de que “em todos os lugares, estas pessoas [migrantes e refugiados] possam ser acolhidas e ajudadas para que tenham, cada uma e as suas famílias, uma existência digna”.

O Papa retomou a mensagem que tinha escrito para este dia, na qual compara as migrações a uma ‘peregrinação de fé e de esperança’.

“Quem deixa a sua própria terra fá-lo porque espera um futuro melhor mas também porque confia em Deus que guia os passos do homem”; prosseguiu, antes de considerar os migrantes como “portadores de fé e de esperança no mundo” e saudar as comunidades estrangeiras em Roma, que confiou à proteção de dois religiosos que dedicaram a sua vida a esta causa: Santa Cabrini (1850-1917) e o beato Scalabrini (1839-1905).

A mensagem papal para 99.º Dia Mundial do Migrante e Refugiado sublinha a importância de reafirmar, no atual contexto sociopolítico, o direito a “não emigrar”, isto é, ter condições para permanecer na “própria terra”.

“Hoje vemos que muitas migrações são consequência da precariedade económica, da carência dos bens essenciais, de calamidades naturais, de guerras e desordens sociais”, escreve o Papa.

O documento, intitulado ‘Migrações: peregrinação de fé e de esperança’, dá destaque à questão da imigração ilegal que pode levar ao tráfico e exploração de pessoas, com maior risco para as mulheres e crianças.

OC

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