Papa lembra mártir do regime comunista na Roménia

Deus não exclui ninguém, diz Bento XVI , em encontro com peregrinos de todo o mundo

Bento XVI lembrou este Domingo, 31 de Outubro, um mártir do regime comunista na Roménia, o bispo Szilárd Bogdánffy, que qualificou como “heróico pastor da Igreja”.

No encontro com peregrinos de todo o mundo, para a recitação do Angelus na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Papa recordou que o novo beato foi ordenado bispo, na clandestinidade, em 1949, aos 38 anos de idade.

Preso pelo “regime comunista do seu país, a Roménia, sob a acusação de conspiração”, o Szilárd Bogdánffy viria a morrer na prisão “após quatro anos de sofrimentos e humilhações”.

“Que o seu testemunho conforte os que ainda hoje são perseguidos por causa do Evangelho”, declarou Bento XVI.

No último dia 21 de Outubro, o Papa tinha afirmado que a Roménia vive ainda a “difícil” gestão da herança deixada pelo comunismo, que acusa de ter “favorecido a desintegração da sociedade e do indivíduo”.

Bento XVI falava perante o novo embaixador romeno no Vaticano, destacando que, após o “jugo de uma ideologia totalitária”, a Roménia “decidiu há 20 anos escrever uma nova página da sua história”.

A cerimónia de beatificação de Szilárd Bogdánffyaconteceu no último Sábado, na catedral romena de Oradea Mare.

Noutra passagem da sua intervenção deste Domingo, o Papa disse que Deus não “exclui ninguém, pobres ou ricos”, convidando a superar “preconceitos humanos”.

Deus, prosseguiu, “vê em cada um uma alma a salvar e é particularmente atraído pelos que são julgados como perdidos e se consideram como tal”.

Partindo de um episódio do Evangelho segundo São Lucas, a conversão de Zaqueu, lido nas igrejas católicas de todo o mndo, Bento XVI destacou que Deus abre sempre a “possibilidade de converter-se” a cada pessoa.

Todos, afirmou posteriormente, em francês, têm um “lugar privilegiado no coração de Deus, que espera sempre o regresso do pecador à comunhão com Ele”.

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