Papa lembra «Igreja de mártires»

Francisco defende que a fé deve ser apresentada sem cedências

Cidade do Vaticano, 06 abr 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco evocou hoje no Vaticano a “Igreja de mártires” do século XXI e pediu aos católicos que apresentem a sua fé sem cedências perante a sociedade, de forma corajosa.

“Para encontrar mártires não é preciso ir às catacumbas ou ao Coliseu (de Roma): os mártires ainda existem, em muitos países. Os cristãos são perseguidos por causa da fé, nalguns países não podem usar a cruz, são punidos, se o fizerem. Hoje, no século XXI, a nossa Igreja é uma Igreja dos mártires”, disse, na homilia da missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta, onde reside.

O Papa argentino alertou para a necessidade de não “cortar” ou “negociar a fé”, como se fosse possível “vendê-la a quem fizer a melhor oferta”, porque isso seria o começo do “caminho da apostasia, da não fidelidade ao Senhor”.

Francisco questionou os que colocam a sua fé “em água de rosas” e são “mornos”, frisando de novo que “a fé não se negoceia”.

“Sempre houve na história do povo de Deus, esta tentação de cortar um bocado da fé” e de fazer “como todos fazem”, prosseguiu.

Segundo o Papa, é preciso viver a fé como “um dom que o Senhor faz a todos os povos” e pedir que ela seja “forte, corajosa”, principalmente nos momentos em que é preciso “torna-la pública”.

“Que o Senhor nos ajude a guarda a fé, a levá-la por diante, a sermos homens e mulheres de fé”, concluiu.

As primeiras canonizações do atual pontificado, marcadas para o dia 12 de maio, incluem o italiano Antonio Primaldo e cerca de 800 companheiros leigos, assassinados “por ódio à fé” a 13 de agosto de 1480, na cidade de Otranto, durante uma invasão levada a cabo por tropas turcas.

O Papa aprovou ainda, no último dia 28, a publicação dos decretos que reconhecem o martírio de 62 católicos, assassinados no século XX por causa da sua fé.

OC

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