Francisco alertou para «coscuvilhices, invejas, ciúmes» na Igreja
Cidade do Vaticano, 18 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco recordou hoje no Vaticano as populações atingidas pelas recentes cheias nos Balcãs, manifestando a sua proximidade às vítimas.
“Graves inundações devastaram amplas zonas dos Balcãs, sobretudo na Sérvia e na Bósnia. Confiando ao Senhor as vítimas de tal calamidade e exprimo a minha proximidade pessoal aos que estão a viver horas de angústia e tribulação”, declarou, perante dezenas de milhares de fiéis reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ‘Regina Caeli’.
“Rezemos juntos a Nossa Senhora por estes irmãos e irmãs que estão em dificuldade”, acrescentou.
Várias cidades da Bósnia e da Sérvia foram inundadas pelas chuvas, desde quarta-feira, causando até ao momento dezenas de mortes e elevados danos materiais.
A catequese dominical do Papa recordou os conflitos no seio das comunidades católicas e sublinhou que desde o início do Cristianismo os responsáveis propõem que os problemas se resolvam “confrontando-se, dialogando e rezando”.
“As coscuvilhices, as invejas, os ciúmes nunca poderão levar-nos à concórdia, à harmonia ou à paz”, alertou.
“Ouviram bem: nada de coscuvilhices, invejas ou ciúmes. Entendido?”, insistiu Francisco.
Segundo o Papa, haverá sempre conflitos e o problema reside na forma como os mesmos se enfrentam.
“Os problemas não se resolvem fingindo que não existem. É belo este confronto decidido entre os pastores e os outros fiéis”, declarou.
Francisco convidou os presentes a rezar para serem “dóceis ao Espírito Santo”, estimando-se reciprocamente e convergindo “cada vez mais profundamente na fé e na caridade”, com o “coração aberto às necessidades dos irmãos”.
Após a recitação da oração mariana, o Papa evocou a beatificação, este sábado, do bispo romeno Anton Durcovici, “mártir da fé”, que foi perseguido pelo regime comunista da Roménia e morreu na cadeia, “de fome e de sede”, em 1951.
OC