Papa lamenta «triste herança» do comunismo na Albânia

Bento XVI lamentou esta Sexta-feira a “triste herança” deixada pelo comunismo na Albânia, ao receber os Bispos católicos desta país, em visita Ad limina. O Papa recebeu destes responsáveis uma descrição dos danos materiais e morais provocados “por um regime ditatorial que proclamou o ateísmo como ideologia de Estado”. “É evidente que uma tal formulação antidemocrática das relações entre os cidadãos deixou uma tarefa difícil no plano humano: a de redescobrir uma gramática comum que possa sustentar novamente o edifício social”, afirmou. Em contraponto, Bento XVI falou de uma outra herança, “particularmente benéfica e construtiva”, a da “mensagem de salvação trazida por Cristo ao mundo”. “Neste sentido, depois da noite escura da ditadura comunista, incapaz de compreender o povo albanês nas suas tradições, a Igreja conseguiu renascer, providencialmente, graças também à força do meu venerado predecessor, o Servo de Deus João Paulo II”, indicou. Emigrantes Uma questão particularmente sensível foi também abordada neste discurso, a situação dos imigrantes albaneses que estão em situação ilegal na Itália. Bento XVI manifestou-se favorável a medidas sociais que ajudem a resolver “os problemas práticos” colocados pelas migrações, num momento em que o governo italiano endureceu as medidas legais contra a imigração clandestina. Para o Papa é necessária “uma intervenção eficaz das instâncias civis, com medidas que não devem apenas responder às preocupações de ordem política, mas tomar em conta também as situações sociais concretas”.

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