Bento XVI volta a introduzir este Domingo alterações nas suas vestes litúrgicas, alterando o pálio que tinha vindo a actualizar. Na Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa envergará um pálio de forma circular fechada, com os dois extremos pendendo no peito e nas costas. As cruzes que o adornam continuarão a ser vermelhas, mas a forma será maior e mais larga. O pálio é o distintivo litúrgico típico do Papa, e aparece com muita frequência em antigas representações papais. Indica o cargo de ser pastor do rebanho que lhe foi confiado por Cristo. O conferimento do pálio por parte do Papa aos Arcebispos metropolitas teve início no século VI e mantém-se até hoje. Segundo explicou D. Guido Marini, mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, ao jornal “L’Osservatore Romano”, as mudanças procuram recuperar um pouco da forma anterior ao pontificado de João Paulo II. Bento XVI utilizava até agora um pálio parecido aos que se usavam antes do século X, cruzado o ombro e com cinco cruzes vermelhas, símbolo das chagas de Cristo. Esta opção, contudo, “trazia vários problemas e inconvenientes”, pelo que se decidiu voltar à forma circular. D. Marini explicou também que o actual Papa decidiu utilizar um báculo dourado e com forma de cruz grega, que tinha sido utilizado por Pio IX, no lugar do prateado com a figura do Crucificado que Paulo VI introduziu.