Balanço da viagem à Áustria retoma críticas às «derivas niilistas e fundamentalistas» Bento XVI apresentou hoje no Vaticano um balanço da sua recente viagem à Áustria, frisando a necessidade de unificar a Europa com base em valores cristãos comuns. “Olhando em especial para a Europa, renovei o meu encorajamento para levar por diante o actual processo de unificação sobre a base de valores inspirados pelo património cristão comum”, disse. Na audiência geral desta semana, o Papa retomou as críticas feitas às “derivas niilistas e fundamentalistas” da consciência moderna, defendendo o papel central do cristianismo para preservar na Europa “uma tradição de pensamento que mantém ligadas a fé, a razão e o sentimento” que não se pode esquecer. Falando em particular do encontro com as autoridades do governo e o corpo diplomático, em Viena, Bento XVI considerou que estas são ocasiões para “exortar os responsáveis das nações a favorecer sempre a causa da paz e do autêntico desenvolvimento económico e social”. Bento XVI referiu-se à viagem que o levou à Áustria, de 7 a 9 de Setembro, como “uma peregrinação que teve como propósito olhar para Cristo, ir ao encontro de Maria que nos mostra Jesus”. Perante cerca de 12 mil fiéis que se juntaram na Praça de São Pedro, o Papa definiu a Áustria como um país “que me é particularmente familiar, próximo da minha terra natal”, não escondendo os “numerosos contactos” que manteve com aquele país. O Papa agradeceu “de coração” ao Cardeal Schönborn, Arcebispo de Viena e a todo o episcopado do país “pelo empenho com que prepararam a minha visita”. Bento XVI não esqueceu também o governo austríaco e todas as autoridades civis e militares agradecendo a sua “válida colaboração”. Bento XVI deixou ainda o seu agradecimento ao presidente austríaco pela “cordialidade com que me acompanhou nos vários momentos da visita”. Bento XVI referiu-se ainda a outros temas tratados na viagem: a importância do Domingo, o valor da oração e do voluntariado, o “olhar para Cristo com os olhos de Maria”. “Em Viena e Mariazell tornou-se presente a realidade viva da Igreja na Europa actual: uma Igreja que defende a vida em todas as suas dimensões e etapas, que continua a trabalhar pela paz e pelo verdadeiro progresso da humanidade”, indicou o Papa. Foto: Korazym.org