Papa: Igreja Católica terá papel «crucial» na «reconstrução» da Costa do Marfim

Francisco recebeu em audiência uma comitiva de bispos daquele país africano

Cidade do Vaticano, 18 set 2014 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje, em audiência no Vaticano, os membros da Conferência Episcopal da Costa do Marfim, pedindo-lhes que ajudem na “reconstrução” social daquele país, privilegiando a proximidade às famílias e comunidades cristãs.

Segundo o serviço informativo da Santa Sé, Francisco sublinhou que uma nação que sofreu “divisões” tão “sérias” como a Costa do Marfim, devido à guerra civil, “precisa de um testemunho e de um compromisso firme” da parte da Igreja, rumo à “reconstrução da fraternidade”.

Um trabalho que deve ser feito em consonância com as “autoridades” locais, embora caiba aos bispos saberem também “evitar qualquer ligação pessoal a disputas políticas que ponham em causa o bem comum”, apontou o Papa.

Neste processo de “reconciliação nacional”, o papel da Igreja Católica poderá “ser crucial”, sustentou Francisco, frisando ainda a importância dos bispos “continuarem o diálogo com os muçulmanos”, a fim de “desencorajarem quaisquer derivas violentas e interpretações religiosas do conflito já vivido pelo país”.

A comitiva de 14 bispos da Costa do Marfim que viajou para o Vaticano foi liderada pelo cardeal Jean-Pierre Kutwa, arcebispo de Abidjan .

Na sua mensagem aos prelados africanos, o Papa argentino recordou ainda que a guerra, a par da progressiva “secularização da sociedade marfinense”, deixou as famílias daquela nação “muito fragilizadas”.

Neste campo, apontou especialmente para a necessidade da Igreja Católica atender aos mais idosos, que além de “muito sozinhos e abandonados” estão a ser vítimas de uma mentalidade que os classifica como meros “resíduos”.

Quanto às comunidades cristãs, Francisco frisou que sacerdotes e leigos “precisam de ser apoiados e ter um relacionamento pessoal e regular com o bispo”.

A audiência com o Papa integrou-se na habitual visita pastoral ad limina que o episcopado costa-marfinense realiza a Roma, de cinco em cinco anos.

JCP

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Agência ECCLESIA

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