Para João Paulo II as suas viagens apostólicas constituem uma “missão itinerante” para levar o Evangelho a todos os cantos do mundo. “Desde o dia da eleição como Bispo de Roma, a 16 de outubro de 1978 ressoou dentro de mim com uma intensidade e uma urgência especial o mandato de Jesus: ‘Ide a todo o mundo e proclamai a Boa Nova a toda a criação’. Senti o dever de imitar o apóstolo Pedro, que ‘andava percorrendo todos os lugares’, para confirmar e consolidar a vitalidade da Igreja na fidelidade à Palavra e no serviço da verdade; para ‘dizer a todos que Deus os ama, que a Igreja os ama, que o Papa os ama; e, além disso, para receber deles o alento e o exemplo de sua bondade, de sua fé”, explicou. João Paulo II recebeu na Sala Clementina 200 pessoas relacionadas com a planificação e execução das suas viagens apostólicas em todo o mundo, desde a Secretaria de Estado à companhia nacional de aviação italiana, Alitalia, passando pela Guarda Suíça, e os profissionais dos meios de comunicação que cobrem as suas deslocações. “Com o vosso trabalho – disse o Papa – permitistes que eu saísse ao encontro dos homens e mulheres de nosso tempo nos seus lugares de vida habitual e ajudastes-me no ministério de ‘missionário itinerante’, desejoso de anunciar a todos a palavra da salvação”. O Papa referiu que as suas viagens lhe permitiam manifestar “um exercício específico do ministério que é próprio do Sucessor de Pedro, como ‘princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade, da fé e da comunhão'”. “As grandes assembleias de tantas cores do povo de Deus, reunidas para a celebração da Eucaristia – concluiu – estão gravadas em minha memória e em meu coração como a melhor recordação e a mais emocionante de minhas visitas”.
