Papa escreve aos católicos da Coreia do Norte

Bento XVI vai enviar uma carta aos católicos da Coreia do Norte, que lhes será entregue por uma delegação sul-coreana da Cáritas. O anúncio foi feito por responsáveis da Caritas Internationalis, confederação internacional do organismo católico para a solidariedade e a ajuda humanitária. A Cáritas da Coreia do Sul envia uma equipa ao vizinho do Norte de 27 a 31 de Março, para “avaliar as necessidades” da população, referiu à AFP Nancy McNally, da Caritas Internationalis. A carta do Papa é uma resposta à missiva que lhe foi enderaçada pela associação dos católicos norte-coreanos, no passado Natal. Estes fiéis fazem parte de uma organização controlada pelo regime comunista. Segundo o Observatório da Liberdade Religiosa no mundo da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, desde que foi instaurado o regime comunista, em 1953, terão desaparecido cerca de 300 mil cristãos. Na Coreia do Norte já não existem sacerdotes nem freiras, provavelmente assassinados durante as perseguições. Na passada quinta-feira, o Papa pediu que fosse assegurado “o acesso à ajuda humanitária por parte da população mais vulnerável da Coreia do Norte”. Recebendo no Vaticano o presidente da Coreia do Sul, Roh Moo-hyun Bento XVI dirigiu “afectuosas saudações” ao povo da Coreia, assegurando as suas orações “pela paz e estabilidade” na península e na região. “Há mais de 50 anos que o povo da Coreia sofre as consequências da divisão: famílias foram separadas, parentes próximos afastados uns dos outros. Faça-lhes saber que estou espiritualmente próximo deles no seu sofrimento”, pediu Bento XVI ao presidente sul-coreano.

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