Papa encerra Sínodo com apelos à paz

Bento XVI anuncia reunião magna para 2012, dedicada ao tema da nova evangelização

Bento XVI denunciou este Domingo, 24 de Outubro, “os conflitos, as guerras, a violência e o terrorismo”, na Missa de encerramento do Sínodo para o Médio Oriente, que decorreu nas últimas duas semanas.

Na Basílica de São Pedro, perante Bispos de toda a região, o Papa evocou aqueles que se “encontram em situações difíceis, às vezes graves, por privações materiais ou pelo desânimo, pelo estado de tensão, e porventura, de medo”.

“É preciso nunca resignar-se perante a falta de paz. A paz é possível. A paz é urgente. A paz é a condição indispensável para uma vida digna da pessoa humana e da sociedade”, sublinhou, na sua homilia.

Bento XVI referiu que “há demasiado tempo que no Médio Oriente perduram os conflitos, as guerra, a violência, o terrorismo”.

“A paz, que é dom de Deus, é também o resultados dos esforços dos homens de boa vontade, das instituições nacionais e internacionais, em particular dos Estados mais envolvidos na busca da solução dos conflitos”, assinalou.

Para o Papa, “a paz é também o melhor remédio para evitar a emigração do Médio Oriente”, pedindo orações “pela paz na Terra Santa”.

Lembrando os trabalhos desta assembleia extraordinária do Sínodo, a primeira para aquela região, Bento XVI disse que “outro contributo que os cristãos podem dar à sociedade é a promoção de uma autêntica liberdade religiosa e de consciência, um dos direitos fundamentais da pessoa humana que todos os Estados deveriam sempre respeitar”.

O Papa observou que “em muitos países do Médio Oriente existe liberdade de culto, enquanto que o espaço da liberdade religiosa é muitas vezes bastante limitado”.

“Alargar este espaço de liberdade torna-se uma exigência para garantir a todos os pertencentes às várias comunidades religiosas a verdadeira liberdade de viver e professar a própria fé”, prosseguiu, antes de apelar ao diálogo entre cristãos e muçulmanos.

A celebração juntou o colorido próprio das tradições das Igrejas orientais católicas a cânticos em latim, arménio, grego, árabe, turco, farsi, sírio ou hebraico.

No final da sua intervenção, recordando a recente criação do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, Bento XVI anunciou o tema da próxima assembleia sinodal, em 2012, decisão tomada após consulta ao episcopado do mundo inteiro: “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.

A 24ª assembleia do Sínodo dos Bispos, primeira para esta região, teve como tema “A Igreja Católica no Médio Oriente: comunhão e testemunho. «A multidão dos crentes tinha um só coração e uma só alma»”, juntando 185 participantes, para além de especialistas e convidados, incluindo representantes de outras confissões cristãs, dois muçulmanos e um judeu.

O Sínodo pode ser definido, genericamente, como uma assembleia consultiva de bispos que representam o episcopado católico, convocados para ajudar o Papa no governo da Igreja, dando o seu próprio conselho.

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