O novo embaixador da Mongólia na Santa Sé, Luvsantersen Orgil, apresentou esta Quinta-feira as suas credenciais a Bento XVI, no ano em que o país assinala o 20.º aniversário do regime democrático.
No discurso que dirigiu ao embaixador, o Papa fez votos de que a evolução política da nação se reflicta “na consolidação de uma ordem social que promova o bem comum e as esperanças de um futuro melhor para os cidadãos”.
Bento XVI expressou a sua solidariedade à população afectada pelas consequências do Inverno e pelas inundações ocorridas em 2009, referindo que o impacto global das alterações climáticas obriga a que elas sejam debatidas nas instâncias mundiais.
O Papa enalteceu o apoio do Governo à liberdade religiosa, referindo que a criação de uma comissão encarregada de assegurar a protecção dos direitos de consciência e do livre exercício da religião atesta “a importância dos grupos religiosos no tecido social e o seu potencial para promover um futuro de harmonia e prosperidade”.
“A primeira missão da Igreja – frisou Bento XVI – é anunciar o Evangelho de Jesus Cristo”, e a fidelidade a esse objectivo manifesta-se no colaboração dos católicos para o progresso de toda a comunidade, através de parcerias com o Estado e com “as pessoas de boa vontade”, com vista à superação dos problemas sociais.
Na sua alocução, o Papa mencionou a prioridade dada pelos organismos eclesiais à “formação humana e intelectual”, sobretudo na educação dos jovens para os valores “do respeito, da solidariedade e do interesse pelos menos afortunados”.
A Mongólia, país asiático com uma superfície 17 vezes superior à de Portugal, tem três milhões de habitantes, dos quais aproximadamente cinco por centro declaram-se cristãos.