Papa: Efeito de popularidade de Francisco é «surpreendente»

Investigadora analisa cobertura mediática que rodeou primeiro ano de pontificado

Lisboa, 07 mar 2014 (Ecclesia) – A professora e investigadora da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Rita Figueiras destacou o impacto mediático de Francisco, afirmando que o efeito de popularidade do atual Papa é “surpreendente”.

“O efeito de popularidade do Papa não deixa de ser surpreendente e tem muito valor porque mostra a capacidade que ele tem de conseguir chegar a palcos e de chegar a comunidade que podem não estar tão conhecedoras da mensagem do Papa”, refere à Agência ECCLESIA.

A professora universitária destaca ainda “o êxito que Francisco tem nas redes sociais” e a capacidade que revela “em chegar aos jovens e a comunidades que estão um pouco distantes do discurso da Igreja Católica”.

O mediatismo e o consenso à volta da figura do Papa trazem, na opinião de Rita Figueiras, “um efeito positivo” que revela “o vazio e a necessidade sentida na sociedade de se ter modelos, personalidades de referência que defendam um conjunto de valores considerados relevantes na personificação da vida humana que tende a estar cada vez mais ausente do discurso do poder institucional”.

[[a,d,4460,Emissão 20-02-2014]]A professora universitária dá o exemplo da capa da revista norte-americana de música ‘Rolling Stone’ onde Francisco teve honras de capa com o título ‘Os tempos estão a mudar’ acreditando que este tipo de elogios e visibilidade mediática “deve ser entendida como algo positivo” porque revela “uma certa capacidade que o Papa tem de comunicar mais além”.

“O que tem prolongado esta narrativa da excecionalidade é a sua simplicidade, a humanização extrema de um lugar considerado pelos media muito institucional”, diz Rita Figueiras.

“Vivendo-se de um tempo de crise internacional Francisco “revela-se um voz institucional que diz o que outras vozes neste momento não dizem e é isso que tem também ajudando a perpetuar a presença do Papa como um contraponto aos discursos oficiais”, conclui a investigadora.

OC/SN/MD

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