Papa despede-se de Espanha com a promessa de voltar em 2011

Discurso final recordou principais momentos das passagens por Compostela e Barcelona

Bento XVI despediu-se este Domingo de Espanha, depois de uma viagem de dois dias, a 6 e 7 de Novembro, mostrando a sua “gratidão” pelas experiências vividas em Santiago de Compostela e Barcelona.

O Papa agradeceu às autoridades políticas e religiosas, para além de destacar a hospitalidade dos habitantes da Espanha, que disse estar “perto do meu coração”.

No discurso de despedida, proferido no aeroporto do Prat, Catalunha, Bento XVI passou em revista os principais momentos da viagem, a sua segunda ao país.

“Em Compostela, quis unir-me como mais um peregrino a tantas pessoas de Espanha, Europa e outros lugares do mundo, que chegam ao túmulo do Apóstolo para fortalecer a sua fé e receber o perdão e a paz”, disse.

A fé que foi “confirmar” é a que chegou à Península desde os começos do cristianismo, “forjando o espírito, os costumes, a arte e o temperamento das suas gentes”.

“Preservar e fomentar esse rico património espiritual não só manifesta o amor de um país à sua história e cultura, mas é também uma via privilegiada para transmitir às novas gerações os valores fundamentais, tão necessários para edificar um futuro de convivência harmónica e solidária”, prosseguiu.

Essa fé, declarou o Papa, deve ganhar um “novo vigor” na Europa, para tornar-se “fonte de inspiração, que faça crescer a solidariedade e o serviço a todos, em especial aos grupos humanos e as nações mais necessitadas”.

Quanto a Barcelona, Bento XVI falou – em catalão – da “alegria de dedicar a basílica da Sagrada Família, que Gaudí concebeu como um louvor em pedra a Deus” e da visita a “uma significativa instituição eclesial de carácter benéfico-social”.

“São como que dois símbolos, na Barcelona de hoje, da fecundidade dessa mesma fé que marcou também as entranhas deste povo e que, através da caridade e da beleza do mistério de Deus, contribui para criar uma sociedade mais digna do homem”, precisou.

Bento XVI não esqueceu a viagem marcada para 2011, em Madrid, para “celebrar a Jornada Mundial da Juventude”.

O rei Juan Carlos despediu-se do Papa com um “até breve” e destacou as palavras de “paz e solidariedade, de fraternidade e espiritualidade, cheias da esperança de que é possível um mundo melhor”.

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