Papa deixa conselhos a teólogos

Bento XVI alerta para exercícios intelectuais sem significado

Bento XVI pediu  aos teólogos católicos de todo o mundo que não se limitem a enfrentar as grandes questões da humanidade desde um ponto de vista racional, procurando lançar sobre elas o olhar da fé.

Falando numa audiência geral centrada em São Bernardo de Claraval (1090-1153), abade e doutor da Igreja, o Papa disse que as grandes reflexões teológicas podem ser um “exercício intelectual vão” se não forem sustentadas por “uma relação íntima com o Senhor”.

“A fé é sobretudo um encontro – íntimo e pessoal – com Jesus Cristo”, sublinhou, perante cerca de 16 mil peregrinos congregados na Praça de São Pedro.

O Papa dedicou a sua catequese a “um dos maiores Padres da Igreja”, considerando São Bernardo como um exemplo de vida monástica e mestre de teologia espiritual.

“Para o Abade de Claraval, o verdadeiro conhecimento de Deus consiste na experiência pessoal de Jesus Cristo e do seu amor”, indicou.

Para Bento XVI, “São Bernardo recorda-nos que sem uma profunda fé em Deus, alimentada pela oração, pela contemplação e pela íntima união com o Senhor, a reflexão sobre os mistérios divinos corre o risco de não passar de mero exercício intelectual, vazio e pouco convincente”.

Bernardo de Claraval nasceu no ano 1090 perto de Dijon (França). Admitido, no ano 1111, entre os Monges Cistercienses, foi eleito, pouco tempo depois, abade do mosteiro de Claraval. Com a sua actividade e exemplo exerceu uma notável influência na formação espiritual dos seus irmãos religiosos. Por causa dos cismas que ameaçavam a Igreja, percorreu a Europa para restabelecer a paz e a unidade. Escreveu muitas obras de teologia e ascética. Morreu em 1153.

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