João Paulo II defendeu hoje a renovação das linguagens na arte e na cultura, numa mensagem enviada aos jovens do Opus Dei. “A música, como todas as linguagens artísticas, aproxima o homem de Deus – constatou -. Ao mesmo tempo, porém, a arte pode veicular, por vezes, uma concepção do homem, do amor, da felicidade que não correspondam ao verdadeiro desígnio de Deus”. “É preciso um são discernimento”, acrescentou o Papa no texto endereçado aos participantes no XXXVIII Congresso Universitário UNIV, dedicado em 2005 ao tema “Projectar a cultura: a linguagem da música”. Presente no encontro esteve D. Javier Echevarria Rodríguez, prelado do Opus Dei. Na mensagem, lida pelo arcebispo Leonardo Sandri, substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, o Papa exorta os jovens a “renovar as linguagens da arte e da cultura” e a comprometer-se com coragem “na recusa de comportamentos e os passatempos marcados pelo excesso e pelo ruído”. Antes de ouvir a mensagem, 4 mil estudantes e professores de cerca de 200 universidades de todo o mundo viram um filme relativo ao encontro do Papa com os participantes da UNIV 1985. “Também para vós, como gostava de repetir São Josemaría, o trabalho e o estudo devem ser uma oração contínua, com as mesmas palavras apaixonadas, mas com uma música diferente todos os dias”, indicou o Papa.