Bento XVI deixa apelos para a Terra Santa e pela libertação de Arcebispo iraquiano Bento XVI deixou este Domingo um apelo em favor das populações da Terra Santa, a propósito da tensão na Faixa de Gaza que nestes últimos dias atingiu níveis bastante graves. “Renovo o meu premente convite às autoridades, tanto israelitas como palestinianas, para que pare esta espiral de violência ,unilateralmente, sem condições: somente mostrando um respeito absoluto pela vida humana, mesmo a do inimigo, se poderá esperar dar um futuro de paz e de convivência para as jovens gerações daqueles povos que, ambos, têm as suas raízes na Terra Santa”, referiu na recitação do Angelus. “Convido a Igreja inteira a elevar súplicas ao Omnipotente pela paz na terra de Jesus e a mostrar solidariedade atenta e concreta a ambas as populações, israelita e palestiniana”, prosseguiu, perante os fiéis reunidos na Praça de São Pedro. Também o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, condenou hoje os ataques israelitas contra a Faixa de Gaza e também a actuação dos radicais palestinianos contra cidades e civis de Israel. A última ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza matou, segundo o mais recente balanço, 61 pessoas e fez 300 feridos. Crise no Iraque Anteriormente, Bento XVI tinha pedido a libertação do Arcebispo caldeu de Mossul, raptado no Iraque na passada Sexta-feira. “Com profunda tristeza sigo a dramática situação do rapto de D. Paulos Faraj Rahho Arcebispo de Mossul dos Caldeus, no Iraque. Uno-me ao apelo do Patriarca, o Cardeal Emmanuel III Delly, e dos seus colaboradores, para que o querido prelado, aliás em condições de saúde precárias, seja rapidamente libertado”, afirmou o Papa. “Ao mesmo tempo elevo a minha oração de sufrágio pelas almas dos três jovens mortos que no momento do rapto se encontravam com ele. Além disso manifesto a minha proximidade à Igreja inteira no Iraque e em particular à Igreja caldeia, uma vez mais duramente atingida, enquanto encorajo os Pastores e todos os fiéis a serem fortes e sólidos na esperança”, prosseguiu. Bento XVI deixou votos para que se “multipliquem os esforços de todos aqueles que têm responsabilidades na condução do povo iraquiano, para que graças ao empenho e sabedoria de todos, encontre de novo paz e segurança e não lhe seja negado o futuro a que tem direito”. Crianças Finalmente o Papa lançou um grito a favor da infância, recordando antes de mais o facto que esta semana chocou a Itáli, o triste fim de duas crianças italianas. (Francisco e Salvador Pappalardi, encontrados mortos em Gravina na Apúlia, dois anos depois do seu desaparecimento). Bento XVI aproveitou esta ocasião para lançar um grito a favor da infância: ”cuidemos dos pequeninos! É preciso amá-los e ajudá-los a crescer. Digo-o aos pais e também às instituições”. “Lançando este apelo o meu pensamento vai para infância em todas as partes do mundo, particularmente para a mais indefesa, explorada e abusada. Confio cada uma das crianças ao coração de Cristo que disse: «Deixai vir a mim os pequeninos» (Lc 18, 16)”, disse ainda. Antes da recitação do Angelus, o Papa salientara que nestes Domingos de Quaresma a liturgia, através dos textos do Evangelho de João, faz-nos percorrer um autêntico “itinerário baptismal”. (Com Rádio Vaticano) FOTO: Lusa