Bento XVI recebe Conselho Pontifício para a Família e recorda importância do casamento «entre um homem e uma mulher»
Bento XVI assegurou esta Segunda-feira que a Igreja condena e deplora o comportamento de “alguns dos seus membros” que “violaram” os direitos das crianças.
Recebendo os membros do Conselho Pontifício para a Família, o Papa disse que “através dos séculos, à imagem de Jesus, a Igreja promoveu a tutela da dignidade e dos direitos dos menores”.
Neste contexto, convidou a “nutrir um profundo respeito e carinho” face às crianças e sublinhou que “as duras palavras de Jesus contra quem escandaliza um destes pequeninos comprometem todos a nunca descer o nível desse respeito e amor”.
Bento XVI frisou que a Convenção dos Direitos da Infância foi favoravelmente acolhida pela Santa Sé, em especial os “enunciados positivos sobre a adopção, cuidados de saúde, educação, tutela dos deficientes e protecção conta a violência, o abandono, abuso sexual e laboral”.
Esta Convenção, precisou o Papa, indica a família como “ambiente natural para o crescimento e o bem-estar de todos os seus membros”.
“É precisamente a família, fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, a maior ajuda que se pode oferecer às crianças”, prosseguiu.
Elas querem ser “amadas por um pai e uma mãe que se amem e têm necessidade de morar, crescer e viver juntamente com os dois, porque a figura materna e paterna são complementares na educação dos filhos, na construção da sua personalidade e da sua identidade”.
Por isso, assinalou Bento XVI, é “importante que se faça tudo” para que as crianças possam “crescer numa família unida e estável”. O divórcio, alertou, tem consequências para os filhos, enquanto a promoção do “bem” da família – “os seus direitos, a sua unidade e estabilidade” – é “a melhore forma para tutelar os direitos e as autênticas exigências dos menores”.
Outro tema abordado pelo Papa foi a preparação de um “Vade-mécum” para a preparação do Matrimónio, por parte do Conselho Pontifício para a Família. Bento XVI pediu que a sexualidade surja como “capacidade de relação e energia positiva, a integrar no amor autêntico” e desejou que seja oferecido aos noivos “um percurso de catequeses e experiências vividas na comunidade cristã”.