Papa condena terrorismo e fanatismo

Bento XVI lamenta violência em nome de Deus e pede que não se viole a legalidade para combater os terroristas O Papa considerou hoje ser lamentável que os terroristas “utilizem Deus e menosprezem de maneira injustificável a vida humana”. Considerando o terrorismo como um “fenómeno gravíssimo”, Bento XVI contestou a “repreensão de ter esquecido de Deus, com o qual algumas redes terroristas procuram o pretexto para justificar as suas ameaças à segurança das sociedades ocidentais”. O Papa falava numa audiência concedida na residência de Castel Gandolfo, a poucos quilómetros de Roma, aos participantes do encontro da Internacional Democrata de Centro (IDC). Tocando num tema particularmente sensível, Bento XVI pediu que a luta contra o terrorismo seja travada dentro da legalidade, “com determinação e eficácia”. “Nos sistemas democráticos o uso da força nunca justifica a renúncia aos princípios do Estado de direito: pode proteger-se a democracia ameaçando os seus fundamentos?”, perguntou. Para o Papa, é necessário “tutelar incansavelmente a segurança da sociedade e dos seus membros, mas salvaguardando os direitos inalienáveis de cada pessoa”. “A sociedade tem, certamente, o direito de defender-se, mas este direito, como qualquer outro, deve ser sempre exercido no pleno respeito das regras morais e jurídicas também no que diz respeito à escolha dos objectivos e dos meios”, indicou. No seu discurso, Bento XVI falou ainda da liberdade religiosa que compreende também o direito de mudar de religião, algo que deve ser garantido não só juridicamente, mas também na pratica quotidiana. “A liberdade religiosa – recordou o Papa – representa um direito fundamental inalienável e inviolável, enraizado na dignidade de cada ser humano e reconhecido por vários documentos internacionais, entre os quais, antes de mais, a Declaração Universal dos Direitos do Homem”. (Com Rádio Vaticano)

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