Bento XVI pede aposta na educação perante os perigos do relativismo e do consumismo O Papa acusou os grandes meios de comunicação de “profanarem” o corpo humano, com uma “falsa exaltação da sexualidade”, e afirmou que, no nosso tempo, marcado pelo relativismo, é “muito difícil” transmitir os valores tradicionais às novas gerações. Bento XVI falava na abertura do Congresso da Diocese de Roma, sobre o tema “Jesus é o Senhor. Educar para a fé, no seguimento e no testemunho”. Na Basílica de São João de Latrão, o Papa disse que “o desafio da educação deve ser assumido também pelos Media”, que considera veícularem, em muitos casos, “uma mentalidade e uma cultura caracterizada pelo relativismo, o consumismo e uma falsa e destrutiva exaltação, ou melhor, profanação, do corpo e da sexualidade”. O Congresso, que sede 11 a 14 de Junho, centra a sua reflexão na educação das novas gerações e a família. Dirige-se a sacerdotes, religiosas e, sobretudo, fiéis leigos e jovens das paróquias, associações e movimentos na diocese de Roma. No evento reflecte-se sobre a elaboração do programa pastoral de 2008, o mesmo que procurará fazer chegar a todos os paroquianos o convite à fé através do anúncio missionário do Evangelho e um testemunho concreto do seguimento de Jesus. O Papa afirmou que relativismo “se transformou em um dogma” e que são cada vez maiores as dificuldades para ensinar os valores e o significado da existência às novas gerações, devido ao “consumismo desenfreado”. Segundo Bento XVI, a educação das novas gerações limita-se a incentivar os desejos de felicidade dos jovens “mediante muitos presentes, objectos de consumo e coisas efémeras”. A relação entre os Media e as novas gerações tinha estado no centro da mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado a 20 de Maio. No Brasil, por outro lado, Bento XVI criticara os meios de comunicação “que ridicularizam a santidade do casamento e a virgindade antes do matrimónio”.