Papa condena exploração sexual das mulheres

Bento XVI assinala Dia Mundial do Turismo, este ano dedicado ao contributo feminino , e pede promoção efectiva da mulher Bento XVI manifestou-se hoje contra o “escândalo intolerável” do turismo sexual que “humilha as mulheres, reduzindo-as a uma situação prática de escravidão”. A denúncia do Papa é feita numa carta enviada ao secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Francesco Frangialli, por ocasião do Dia Mundial do Turismo que se assinala esta Quinta-feira, este ano dedicado às mulheres. A missiva é enviada, em nome de Bento XVI, pelo Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano. No texto, é exigida uma promoção efectiva da igualdade entre homens e mulheres, “favorecendo o direito ao estudo e à qualificação profissional das jovens e das mulheres” e “combatendo com legislações positivas e concertadas todas as formas de exploração e a indigna mercantilização do seu corpo”. O Papa apela à valorização dos aspectos positivos do turismo, como forma de promoção e de diálogo, e destaca a crescente afirmação da mulher como “sujeito criativo na história humana”. Dados da OMT indicam que 46% dos trabalhadores da indústria turística mundial são mulheres, pelo que Bento XVI escreve que esta “é uma porta aberta e com oportunidades propícias para a afirmação da mulher, em todas as partes do mundo”. A carta lembra experiências comuns a todos os turistas que, a determinada altura da sua viagem, se cruzam com vários mulheres no desempenho de “várias tarefas”. Contudo, assinala, há ainda uma “segregação vertical da mulher na gestão e na responsabilidade directiva” nesta área. O Papa aponta o dedo aos “preconceitos” e “estereótipos” que relegam as mulheres para um “lugar subalterno”. Nesse sentido, pede-se uma “igualdade efectiva” no trabalho, na prática religiosa, “no respeito pelos direitos ligados à maternidade” e nos salários.

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