Papa condena «dragão» do materialismo

Bento XVI convida fiéis a lutarem contra a mentalidade dominante do egoísmo e do consumismo Bento XVI deixou ontem um apelo contra a mentalidade dominante do egoísmo e do consumismo, assegurando que o “dragão” do materialismo pode ser vencido. O Papa falava durante as celebrações da Solenidade da Assunção, em Castel Gandolfo. Na homilia da Missa celebrada na paróquia de São Tomás de Villanova, Bento XVI disse que “o amor é mais forte do que o ódio e o egoísmo”, mesmo num mundo como o actual, “em que domina a ideologia materialista do consumo e do divertimento”. Comentando as leituras bíblicas da Liturgia da Palavra, o Papa partiu da imagem apocalíptica do Dragão vermelho, “símbolo do egoísmo absoluto, do terror, da violência, para descrever a história do mundo como uma luta continua entre o amor e o egoísmo. E isto não só no tempo do império romano, mas também em épocas recentes”. “ Vemos realizada esta força do Dragão vermelho nas grandes ditaduras do século passado”, disse Bento XVI . Para o Papa, “a ditadura nazi e a ditadura de Estaline tinham um poder que penetrava por todos os ângulos. Parecia impossível que a longo prazo a fé pudesse sobreviver, mas na realidade também neste caso, no fim o amor foi mais forte do que o ódio”. Bento XVI criticou em seguida “as ideologias materialistas que nos dizem que é absurdo pensar em Deus, é absurdo observar os mandamentos, descrevem-nos como uma coisa ultrapassada. Só vale viver a vida para si, agarrar tudo aquilo que se pode agarrar”. Perante a força “mediática e propagandística” desta mentalidade, disse o Papa, “também agora o Dragão parece invencível, mas Deus é mais forte do que o Dragão, é o amor que vence, não o egoísmo”.

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