Papa canoniza São José de Anchieta

Jesuíta, fundador da cidade de São Paulo, viveu em Portugal e distinguiu-se pela ação missionária no Brasil

Cidade do Vaticano, 03 abr 2014 (Ecclesia) – O Papa proclamou hoje como santo o jesuíta José de Anchieta (1534-1597), religioso ligado à evangelização no Brasil, e vai presidir a uma Missa na igreja de Santo Inácio, Roma, a 24 de abril, em ação de graças.

O decreto de Francisco foi publicado pela sala de imprensa da Santa Sé e recorre à ‘canonização equipolente’, um processo instituído no século XVIII por Bento XIV, através do qual o Papa vincula a Igreja para que observe a veneração de um católico ainda não canonizado pela inserção da sua festividade no calendário litúrgico, com Missa e Ofício Divino.

Nascido em Tenerife, nas Canárias (Espanha), José de Anchieta veio para Portugal aos 14 anos, sendo aluno do Colégio das Artes e Humanidades, em Coimbra, confiado aos jesuítas, anexo à Universidade local.

Ali entrou no noviciado da Companhia de Jesus, e foi depois destinado à missão do Brasil; o jesuíta desembarcou em Salvador a 13 de julho de 1553, juntamente com o padre português Manuel da Nóbrega.

“Anchieta acompanhou o padre Nóbrega à nova missão de Piratininga, aonde chegaram em 24 de janeiro de 1554. No dia seguinte, festa litúrgica da conversão do apóstolo São Paulo, foi celebrada a primeira missa nessa missão, que recebeu o nome de São Paulo em homenagem ao apóstolo missionário. Essa data é reconhecida oficialmente como marco histórico da fundação da cidade de São Paulo”, refere o site da Província Portuguesa da Companhia de Jesus.

O Papa Francisco assinou também os decretos de canonização equipolente de dois beatos franceses que promoveram a evangelização no Canadá: o bispo François de Montmorency-Laval (1623-1708) e a mística missionária Maria da Encarnação Guyart (1599-1672).

A notícia foi anunciada após uma audiência ao prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato.

Os três novos santos foram beatificados por João Paulo II a 22 de junho de 1980, com outras duas figuras da Igreja Católica na América, Pedro de Betancour (1626-1667) e Catarina Tekakwitha (1656-1680), entretanto canonizados.

Francisco já recorreu a este procedimento em outubro de 2013, com a italiana Ângela de Foligno (1248-1309), e em dezembro, com o jesuíta Pedro Fabro (1506-1546).

OC

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