Papa atento ao ecumenismo no bastião católico da Europa

Bento XVI escolheu, para o final do seu primeiro dia na Polónia, um Encontro Ecuménico na Igreja Luterana da Santíssima Trindade de Varsóvia. Uma saudação – não um discurso – marcará a presença do Papa nesta reunião simbólica. Apesar da grande maioria católica do país – caso único na Europa oriental -, a Polónia também tem um universo multiforme no que diz respeito à presença cristã, que apela a iniciativas ecuménicas. Bento XVI, que tem apelado ao respeito das minorias católicas, mostra que o catolicismo, quando maioritário, também se preocupa com os fiéis de outras confissões cristãs ou de outras religiões. Significativamente, um representante do Patriarcado Ortodoxo de Moscovo estará presente na Missa que o Papa vai celebrar este Domingo, em Cracóvia. João Paulo II, nas visitas ao seu país natal, sempre teve esta preocupação e, em 1991, deixou mesmo um apelo ao perdão recíproco, no mesmo local onde o Papa alemão irá entrar pelas 18h00. Ao longo destes quatro dias, Bento XVI quer deixar a sua marca e deixou claro, desde o primeiro momento, que esta peregrinação “não se trata apenas de uma viagem sentimental, mas também de um itinerário de fé, que se espera ser proveitoso para todos”. A Igreja Católica na Polónia conta com cerca de 27 mil padres e constitui-se como uma excepção na Europa, dado que as vocações não param de aumentar neste país de 38 milhões de habitantes, mais de 90% dos quais se declaram católicos. As igrejas continuam a encher e o número de seminaristas chega a mais de 7 mil, quase um quarto do total do Velho Continente, superando países de tradição católica como a Itália ou a Espanha.

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