Papa apoia entrada da Croácia na União Europeia

João Paulo II fez votos de que cheguem a bom termo as negociações relativas à entrada da Croácia na UE alargada, considerando que este seria um passo decisivo para o processo de reconciliação no país. Ao receber o novo embaixador de Zagreb na Santa Sé, Emilio Marin, o Papa considerou que “um atraso na entrada da Croácia na União Europeia ameaça o processo de aplicação das reformas democráticas, não só neste país, mas também noutras nações dessa parte do continente, que se encaminham com esperança para a integração europeia”. João Paulo II visitou três vezes a Croácia, país de maioria católica, a última das quais no ano passado, durante a sua viagem internacional número cem. No seu discurso de sábado pediu um novo impulso para “o diálogo, a reconciliação e a paz”, tanto interna como externa dos croatas. O problema dos refugiados e dos exilados que durante a guerra dos anos noventa tiveram de deixar as suas casas foi também abordado no discurso papal, o qual aplaudiu os acordos entre Croácia e Sérvia sobre o reconhecimento dos direitos das minorias. “A justiça assegura um pleno respeito dos direitos e dos deveres, e o perdão cura e reconstrói desde seus fundamentos as relações entre as pessoas, ainda que haja as consequências dos confrontos entre as ideologias do recente passado”, apontou. Em conclusão, o Papa garantiu a colaboração da Igreja para o “desenvolvimento social e económico” do país, pedindo que este tenha em conta as necessidades culturais, sociais e espirituais, para evitar as consequências negativas do “crescente fenómeno da globalização”.

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