Papa apela ao final da violência na Índia

Bento XVI centrou catequese em São Paulo, «apóstolo que encetou batalhas pelo cristianismo e é exemplo para os cristãos» Bento XVI manifestou a sua tristeza pela situação de violência que a Índia enfrenta. Esta manhã, na audiência habitual das Quartas-feiras, o Papa condenou a violência, a destruição de centros de culto, nomeadamente igrejas, e de habitações própias e a morte de várias pessoas. A escalada de violência vitimou o líder hindu, Swami Laxanannda Sarawati, da Associação fundamentalista hindu Vishwa Hindu Parishad. Este assassinato foi já condenado pela comunidade católica do Estado de Orissa num comunicado assinado pelos bispos. Bento XVI afirmou que a violência é um “ataque à dignidade humana”, e apelou a uma solidariedade entre todos. Dirigindo-se aos líderes religiosos e às autoridades civis, o Papa apelou para que continuem a “trabalhar pela convivência pacífica entre os membros das diferentes comunidades”. Este apelo foi lançado após a catequese das Quartas-feiras, que hoje foram retomadas no Vaticano, na Sala Paulo VI. Em pleno Ano Paulino, Bento XVI centrou a sua catequese na figura de São Paulo, o apóstolo que “a Igreja honra de forma especial este ano”. O Papa recorda o apóstolo como um “grande missionário”. Nascido em Tarso, aos 12 anos, Saul, o nome hebreu que Paulo que recebeu, partiu para Jerusalém. Ao longo da sua formação farisaica, Paulo viu o movimento cristão como uma ameaça ao Judaísmo ortodoxo. Ele perseguiu a Igreja de Deus até que, num encontro na estrada de Damasco mudou a sua vida, dando inicio a viagens missionárias, pregando em Anatolia, Síria, Sicília, Macedónia, Achaia e pelo Mediterrâneo. Depois da sua prisão em Jerusalém, Paulo exerceu o seu direito, enquanto cidadão romano, e apelou ao Imperador. Paulo permaneceu dois anos preso em Roma, onde, segundo a tradição, ele morreu como mártir. “Paulo não poupou energias e encetou muitas batalhas para falar do Evangelho”, apontou o Papa. “Paulo escreveu «Eu faço tudo em nome de Deus». Possamos nós fazer o mesmo que ele”. Bento XVI sublinhou que Paulo “é exemplo para os nossos olhos, e estímulo constante para o nosso empenho eclesial”.

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