João Paulo II pronunciou um de seus mais enérgicos apelos à unidade plena entre católicos e ortodoxos ao receber uma delegação do Santo Sínodo da igreja ortodoxa da Bulgária chefiada pelo metropolita Kalinik. O Papa pediu aos membros da delegação que transmitissem a Sua Beatitude Maxim, Patriarca da Igreja ortodoxa búlgara, a sua “proximidade espiritual, com o desejo de que aconteça o quanto antes a plena unidade dos cristãos católicos e ortodoxos”. “Enquanto a Bulgária se encaminha para uma Europa alargada –disse- é necessário reavivar aquele património de fé e de cultura que a Igreja e a nação búlgaras compartilham, e que constitui o milagre da obra de evangelização realizada pelos dois santos da Tessalónica, Cirilo e Metódio, cujo património, após onze séculos de cristianismo entre os eslavos, é e continua a ser mais profundo e mais forte que qualquer outra divisão”. João Paulo II recordou que a delegação búlgara tinha vindo a Roma para comemorar o primeiro aniversário da viagem apostólico à Roménia e “o inesquecível encontro com Sua Beatitude Maxim”, e para inaugurar o uso litúrgico da Igreja dos Santos Vicente e Anastácio em Fontana de Trevi. “Uma experiência de participação fraterna e de respeito recíproco de nossas legítimas diversidades pode servir de alento para nos conhecermos melhor e colaborar também em outros contextos e circunstâncias, cada vez que houver uma ocasião”, concluiu.