Papa apela à «coragem» dos católicos

Francisco quer crentes empenhados no anúncio da sua fé e da «misericórdia» de Deus

Cidade do Vaticano, 07 abr 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco apelou hoje à “coragem” dos católicos de todo mundo no testemunho da sua fé e da “misericórdia” de Deus.

“Tenhamos mais coragem para testemunhar a fé em Cristo ressuscitado. Não devemos ter medo ser cristãos e de viver como cristãos”, disse, da janela do apartamento pontifício, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Vaticano.

O Papa, que começou por desejar ‘bom dia’ aos presentes, presidia à recitação da oração do ‘Regina Caeli’ (Rainha do Céu), dedicada à Virgem Maria, que no tempo litúrgico da Páscoa substitui o Angelus.

Francisco aludiu ao facto de o segundo domingo pascal ser dedicado à “Misericórdia Divina”, por decisão do Beato João Paulo II (1920-2005), que faleceu na véspera deste dia.

“A verdadeira paz, a profunda, vem do fazer experiência da misericórdia de Deus”, disse.

Segundo o Papa, essa paz “é o fruto da vitória do amor de Deus sobre o mal, é o fruto do perdão”.

Nesse sentido, Francisco convidou os católicos a ter “confiança” na misericórdia divina que “perdoa”.

A catequese dominical partiu da saudação feita por Jesus aos seus discípulos, depois da ressurreição, relatada pelo Evangelho segundo São João: ‘A paz seja convosco’.

“Não é uma saudação, nem sequer um simples desejo: é um dom, mais, o dom precioso que Jesus oferece aos seus discípulos depois de ter passado no meio da morte e dos infernos”, precisou.

A partir dos relatos das aparições de Cristo ressuscitado, o Papa elogiou os que “acreditaram sem ver”, a partir dos relatos “dos Apóstolos e das mulheres” que estiveram com Jesus.

“Esta é uma palavra muito importante sobre a fé, podemos chamá-la a bem-aventurança da fé: em todos os tempos e em todos os lugares são felizes os que, através da Palavra de Deus proclamada na Igreja e testemunhada pelos cristãos, acreditam que Jesus Cristo é o amor de Deus incarnado, a Misericórdia incarnada”, prosseguiu.

Francisco realçou que a Igreja recebeu o mandato de “transmitir aos homens a remissão dos pecados” e assim fazer crescer o “Reino do amor” e “semear a paz nos corações”, permitindo que esta cresça “nas relações, na sociedade, nas instituições”.

“Queridos irmãos e irmãs, sede mensageiros e testemunhas da misericórdia de Deus”, pediu.

Falando em italiano, o Papa deixou várias saudações, em particular aos membros da comunidade neocatecumenal, que começa hoje uma missão nas praças de Roma e várias outras partes do mundo, incluindo Portugal.

“Convido todos a levar a boa notícia a todos os ambientes de vida, com doçura e respeito”, declarou.

Após a oração, o Papa recordou que vai celebrar uma missa esta tarde na Basílica de São João de Latrão, a “catedral do bispo de Roma”.

“Rezemos juntos à Virgem Maria para que nos ajude, bispo e povo, a caminhar na fé e na caridade”, concluiu, numa intervenção que retomou vários dos temas que têm marcado o início do seu pontificado, a 13 de março.

O Papa despediu-se dos presentes com a sua bênção e votos de “bom almoço”.

OC

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