Francisco recebeu hoje no Vaticano uma delegação juvenil da Acão Católica Italiana
Cidade do Vaticano, 16 dez 2017 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano uma delegação de jovens da Ação Católica de toda a Itália, que seguiu para Roma para apresentar a Francisco os seus cumprimentos natalícios.
De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, o Papa argentino agradeceu “de coração este gesto” e destacou a missão desempenhada pela Ação Católica “junto dos pobres e mais desfavorecidos”, um trabalho que mostra estar cada vez com maior “vitalidade”, saudou.
A Ação Católica tem vindo a assinalar em 2017 os seus 150 anos de existência, com várias iniciativas.
Sobre a missão desta associação na sociedade, o Papa realçou em especial “o trabalho que ela tem ultimamente vindo a desenvolver com os mais idosos, “os avós”.
“Esta é uma iniciativa muito importante porque os idosos são a memória histórica de todas as comunidades, um património de sabedoria e de fé a escutar, defender e valorizar”, salientou Francisco.
Os jovens da Ação Católica Italiana estão a cumprir um percurso formativo com o tema ‘Pronti a scattare’, uma iniciativa que recorre à metáfora da fotografia para levar os mais novos a fixarem a sua atenção nos momentos mais decisivos da vida de Jesus.
“Ao contemplarmos a vida de Cristo e a sua missão, compreendemos que Deus é Amor”, apontou o Papa argentino, que desafiou os mais novos a serem “bons fotógrafos, seja daquilo que Jesus fez seja também da vida que os rodeia, estando sempre atentos e vigilantes”.
“Vemos tantas vezes pessoas marginalizadas: invisíveis para todos, que ninguém quer olhar. Os mais pobres, os mais débeis, os excluídos para as margens da sociedade, porque encarados como um problema”, disse Francisco, que comparou estas imagens com o contexto de José, Maria e o Jesus, há dois mil anos em Belém.
Os mais carenciados são hoje símbolo e memória desse “Menino recusado e a quem todos negaram acolhimento, são a carne viva de Jesus sofredor e crucificado”, frisou o Papa, que depois desafiou os jovens da Ação Católica a fazerem deste Natal um momento especial de encontro e atenção para com todos quantos necessitam.
Por exemplo aqueles que na escola muitas vezes estão na “periferia”, que são mais isolados.
“Deem-lhes um pouco do vosso tempo, um sorriso, um gesto de ternura. Sejam amigos e testemunhas de Cristo, e levem-no sempre com o vosso testemunho a todos, aos vossos amigos, na cidade, na paróquia, na família”, exortou.
Francisco concluiu a sua mensagem com votos de um Bom Natal a todos os membros e amigos da Ação Católica e com um pedido: “Não se esqueçam de rezar por mim!”.
JCP