«Ministério» da Cúria Romana tem como finalidade promover a Nova Evangelização
Bento XVI anunciou a criação de um novo «ministério» da Cúria Romana, o Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, com o objectivo de combater um “eclipse do sentido de Deus” que está a atingir a sociedade, em particular no mundo ocidental.
“Decidi criar um novo organismo, na forma de Conselho Pontifício, com a tarefa principal de promover a renovada evangelização nos Países onde já ressoou o primeiro anuncio da fé e estão presentes Igrejas de antiga fundação, mas que estão a viver uma progressiva secularização da sociedade e uma espécie de eclipse do sentido de Deus”, revelou.
Esta era uma decisão aguardada há algum tempo e, em breve, deverá ser publicado um documento sobre a sua constituição e anunciada a respectiva presidência.
Durante a celebração de vésperas da festa litúrgica de São Pedro e São Paulo, em Roma, o Papa precisou que o objectivo deste Conselho Pontifício será o de “encontrar meios adequados para repropor a verdade perene do Evangelho de Cristo”.
“Também nos desertos do mundo secularizado, a alma do homem tem sede de Deus, do Deus vivo”, afirmou.
Além de nove Congregações, a Cúria Romana tinha até agora 11 Conselhos Pontifícios: Leigos, Promoção da Unidade dos Cristãos, Família, Justiça e Paz, “Cor Unum”, Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Pastoral da Saúde, Textos Legislativos, Diálogo Inter-religioso, Cultura e Comunicações Sociais.
A celebração que decorreu na Basílica de São Paulo, com a presença de uma delegação do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, deu oportunidade ao Papa para frisar que “a Igreja é no mundo uma imensa força renovadora, não certamente graças às suas forças, mas pela força do Evangelho, onde sopra o Espírito Santo de Deus, o Deus criador e redentor do mundo”.
“Também o homem do terceiro milénio deseja uma vida autêntica e plena, precisa de verdade, de liberdade profunda, de amor gratuito”, disse.
Bento XVI lembrou as regiões do mundo onde “o Evangelho lançou raízes há muito tempo, dando lugar a uma tradição cristã, mas onde nos últimos séculos – com dinâmicas complexas –o processo de secularização produziu uma grave crise do sentido da fé cristã e da pertença à Igreja”.