Primeiro-ministro português encontrou-se em audiência com Francisco em Fátima
Fátima, 13 mai 2017 (Ecclesia) – O primeiro-ministro português, António Costa, esteve hoje reunido em audiência privada com o Papa Francisco, em Fátima, e destacou a possibilidade de “encontrar uma personalidade tão inspiradora para o mundo”.
Em entrevista aos jornalistas, depois do encontro, António Costa frisou que o Papa argentino é hoje uma figura fundamental “seguramente para os crentes mas também para aqueles que acreditam nos valores fundamentais da humanidade”.
Para aquele responsável político, Francisco tem pautado o seu pontificado pelo desafio ao “regresso aos valores, à promoção do humanismo, da paz, da solidariedade, do combate à pobreza e às desigualdades”.
Pela prioridade à “centralidade na dignidade humana” que “é algo absolutamente fundamental para o mundo do futuro”, acrescentou.
António Costa disse que quis levar ao Papa “uma palavra de respeito e gratidão por esta visita” a Fátima, “pelo reconhecimento que todos os portugueses têm por este momento de felicidade”, que é também o Centenário das Aparições e a canonização de Francisco e Jacinta Marto.
Ao mesmo tempo, quis transmitir “a vontade” que Portugal tem, “enquanto Estado, de colaborar na promoção daqueles valores que têm sido causas importantes para o Santo Padre, designadamente a proteção dos seres humanos que estão em situação mais frágil e o apoio que tem sido dado aos refugiados”.
“A grande preocupação que o Papa tem revelado pelo desenvolvimento do continente africano, e as responsabilidades que Portugal tem nessa matéria e também para a colaboração da paz em todo o mundo”.
De acordo com António Costa, durante a audiência, Francisco disse-lhe que “estava muito contente com a visita” a Fátima, “que estava tudo a correr bem”.
Há dois anos, ainda como presidênte da Câmara de Lisboa, António Costa convidou no Vaticano o Papa a visitar Lisboa, quando a possibilidade da vinda de Francisco a Fátima em 2017, para o Centenário das Aparições, já estava no horizonte.
A ida à capital portuguesa não foi incluída no programa, não se comprovou, mas para o primeiro-ministro, isso significa apenas que "o Papa quis dar um caráter eminentemente apostólico a esta visita, enquanto peregrino a Fátima".
"Outras ocasiões não faltarão seguramente para que o Santo Padre possa estar com os portugueses, também em outros locais", completou o primeiro-ministro português, que ofereceu a Francisco um relicário em prata com uma imagem de Santo António.
Esta manhã, várias outras personalidades e responsáveis políticos apresentaram os seus cumprimentos ao Papa, entre as quais os presidentes do Paraguai, Horácio Cartes, e de São Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa.
JCP