Bento XVI lembrou exemplo de Madre Teresa de Calcutá, junto das suas seguidoras
Bento XVI almoçou este Domingo, dia 26, com 250 pobres e sem-abrigo de Roma, numa refeição que decorreu no átrio da sala Paulo VI, no Vaticano, assinalando o centenário do nascimento da beata Madre Teresa de Calcutá.
Juntamente com o Papa e uma representação das Missionárias da Caridade, fundadas por Madre Teresa, participaram no almoço pessoas que frequentam regularmente, em Roma, diversas comunidades destas religiosas.
No dia 5 de Janeiro, o Papa vai visitar crianças doentes do hospital Gemelli, de Roma, na vigília da festividade dos Reis Magos.
Em palavras improvisadas no final do almoço de Domingo, Bento XVI recordou o testemunho de Madre Teresa de Calcutá como “um reflexo da luz do amor de Deus”.
A beata, que “viveu de maneira humilde por amor a Deus”, dizia que o seu “maior prémio era amar Jesus e servi-lo por meio dos pobres”, indicou o Papa.
Madre Teresa, acrescentou, dá aos homens a certeza de que “Deus jamais nos abandona”.
Considerada uma das mulheres mais influentes do século XX, Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu na actual Skopje, capital da Macedónia (à época Üsküb, integrada no império Otomano), a 26 de Agosto de 1910. Deixou a sua terra natal em Setembro de 1928, entrando no convento de Rathfarnam (Dublin), Irlanda. Ali foi acolhida como postulante no dia 12 de Outubro e recebeu o nome de Teresa, como a sua padroeira, Santa Teresa de Lisieux.
Foi enviada pela congregação do Loreto para a Índia e chegou a Calcutá no dia 6 de Janeiro de 1929, com 19 anos. Fez a profissão perpétua a 24 de Maio de 1937 e daquele dia em diante foi chamada Madre Teresa.
No dia 10 de Setembro de 1946, no comboio que a conduzia de Calcutá para Darjeeling, Madre Tereza recebeu aquilo que ela chamou “chamamento no chamamento”, que teria feito nascer a família dos Missionários da Caridade.
Ao longo dos anos 50 e no início dos anos 60, Madre Teresa estendeu a obra das Missionárias da Caridade seja internamente dentro Calcutá, seja em toda a Índia. No dia 1 de Fevereiro de 1965, Paulo VI concedeu à Congregação o “Decretum Laudis”, elevando-a a direito pontifício.
Em 1979, Madre Teresa recebeu o Prémio Nobel da Paz, como reconhecimento pelo seu trabalho.
No final dos anos 80 e durante os anos 90, não obstante os crescentes problemas de saúde, Madre Teresa continuou a viajar pelo mundo para a profissão das noviças, para abrir novas casas de missão e para servir os pobres e aqueles que tinham sido atingidos por diversas calamidades.
Às 9h30 da noite do dia 5 de Setembro de 1997, morreu na Casa Geral. No dia 13 de Setembro teve um funeral de Estado e o seu corpo foi conduzido num longo cortejo através as estradas de Calcutá.
Foi beatificada por João Paulo II a 19 de Outubro de 2003, após o Papa polaco ter dispensado o período de espera de 5 anos para a abertura da Causa de Canonização.